quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Como explicar o inexplicável?


Poderia ser um final de domingo qualquer, como todos os outros são. Poderia ser um início de semana qualquer, como todos os inícios de semana são. Mas não foi! E dessa vez aquilo que poderia ter explicação não teve. Faltam palavras, os sentimentos se confundem e o cérebro não consegue achar uma maneira lógica de explicar o inexplicável.

Os telefones começaram a tocar, a notícia foi chegando e as exclamações de “Isso não é verdade!”, “Tá falando sério?” e “Meu Deus!” foram pronunciadas repetidas vezes até a ‘ficha cair’ e todo mundo entender do que realmente se tratava.

Quem comia largava os talheres em cima do prato e num leve ato, jogando o corpo para trás, parava e pensava no que acabava de ouvir. Quem assistia ao futebol, não acreditava na mesma informação, e num ato desesperado, correu até o carro e se deslocou quilômetro por quilômetro para ver se era verdade. Quem estava de pé, sentou-se. Quem ria de uma piada qualquer junto dos amigos, instantaneamente mudava o semblante. Quem esperava o filho em casa, recebe a mesma ligação, enche os olhos d’água, desliga o telefone, olha pausadamente para o relógio e ali vê o tempo não mais passar.

Talvez tenha sido um minuto de descuido, uma fração de segundo de bobeira, talvez a velocidade acima do permitido. Talvez... Talvez... Talvez... Após aquela primeira ligação, nada mais que venha a ser dito, nada mais que seja periciado, nada que possa ser investigado, absolutamente nada cairá na crença de todos como justificativa.

Maicon, Bruno e Douglas, três jovens, com anseios de jovens, buscando belos momentos de lazer entre amigos em um domingo de sol, como em muitos outros domingos. Porém neste, ao retornarem para casa, infelizmente chocaram duas comunidades do âmbito de convivência familiar e pessoal.

Um fatídico dia que fará todos repensarem sobre muitas coisas, principalmente quão importante é estar ao lado de quem se ama e valorizar cada minuto com esta pessoa.
Este dia não mais será esquecido para quem ouviu o telefone tocar, viu o tempo parar, e deixou a lágrima rolar.

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