sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Glória do Desporto INTERNACIONAL



Tudo antes não passou de preliminar para o que viveríamos nos dias de hoje. Uma preparação para o melhor momento que estaria por vir, onde nunca, nada mais voltaria a ser como era antes.

Foram anos difíceis! Crescer vendo meu time, o Internacional de Porto Alegre, desperdiçar finais, classificações, ao mesmo tempo em que o sucesso de seu arqui-rival minava a geração. Muitos não resistiram à pressão e se converteram para o outro lado, mas muitos resistiram. Eu fui um deles!

Os vexames, as desilusões ficariam no passado e o futuro me destinava a ver todas as conquistas mais importantes da história do Inter. Por isso agora tudo está claro!
Muitos amigos meus que torcem pelo time da Azenha, gostam de chamar o Inter de Sport Clube 2006, alusivo ao ano que ganhou os títulos mais importantes de sua história. Mas caros amigos e leitores o Inter é sim o Sport Clube 2006, mas também é o Sport Clube Década de 30 e 40, onde jogou o famoso Rolo Compressor o time mais ofensivo da história do futebol do Estado.

É também o Sport Clube década de 60 e 70, onde foi Octacampeão gaúcho de maneira seguida e tricampeão brasileiro. Em 79 de maneira especial, sendo o primeiro e o único campeão invicto da história do futebol nacional no campeonato brasileiro mais difícil de todos os tempos com 92 times e um total de 544 partidas.

Se quiserem, podem chamar também de Sport Clube 1992, quando fomos campeões da Copa do Brasil. Sport Clube 2007, ano que fomos o único time brasileiro a conquistar um título internacional, ganhando a Recopa Sul Americana, com ela a Tríplice Coroa, fazendo história mais uma, onde apenas três times a conquistaram. E por fim chamem de Sport Clube 2008 quando nos tornamos o primeiro time do Brasil a conquistar a Copa Sul Americana e ser o primeiro time deste país a conquistar TODOS os campeonatos internacionais da atualidade e o segundo da América ao lado do Boca Júniors.

Não esquecendo ainda da Copa Dubai, nos Emirados Árabes, tornando-se também campeão em cima do poderoso campeão italiano e homônimo Inter de Milão. O Título gaúcho, com a vitória histórica de 8x1 sobre o Juventude. A superioridade nos Grenais, onde o último foi marcado pela espetacular vitória de 4x1, em que eu vi ao lado da Guarda Popular.

E eu vi tudo isso e muito mais! Desde 92, quando descobri o que era futebol vendo o Gol de Célio Silva, e o Inter ganhando sua primeira Copa do Brasil. Aos cinco anos de idade, vestindo uma pequena camiseta oficial, sai para frente da minha casa para comemorar junto a carreata que passava.

Vi os dez anos seguintes de muita dificuldade, de flautas, bate bocas com os amigos e de sofrimento. Foi o quase rebaixamento em 1999, salvo com um Gol de Dunga conta o Palmeiras. A salvação em 2002 na última rodada contra o Paysandu. Mesmo com tudo isso o Internacional manteve-se durante 24 anos seguidos (1975-1998) como primeiro lugar no Ranking de Pontos do Campeonato Brasileiro de Futebol.

Ainda assim o Inter foi grande, Gigante, como seu estádio. Com o tetra campeonato gaúcho (2002 a 2005), surge uma nova equipe. O retorno as competições internacionais através da Sul-Americana em 2004 e 2005. O título roubado, no mesmo ano, através da manobra extra-judicial do Corinthians. E o retorno à Copa Libertadores da América em 2006, onde se tornaria Campeão.

No mesmo ano, no épico dia 17 de dezembro, em Tóquio, vi o Inter sagrar-se o terceiro time Campeão Mundial Inter Clubes da FIFA, em cima do galático Barcelona, o maior time e o mais rico do mundo. Muitos julgaram sorte, mas é justamente a sorte que acompanha quem vence! Outros disseram que acabaria por ai, mas não acabou.

Perto de seu centenário o Inter chega perto da marca de 80 mil sócios, e já é o maior clube do Brasil, segundo da América e está entre os 10 maiores em número de sócios do mundo. Por isso ser torcedor do Colorado não é para qualquer um.

Somos o clube do Povo. Podemos ser chamados de macacos, ou ouvir dizer que nosso estádio do chiqueiro, tudo bem, chamem do que quiserem! Não há argumentos que justifiquem qualquer zum-zum ou qualquer flauta do adversário. Falem, chorem, achem desculpas, nada muda o orgulho de torcer por esse time que se tornou CAMPEÃO DE TUDO!

Após uma década complicada como foi a de 90, é difícil de acreditar que tudo isto está acontecendo. Tudo bem, tudo isso pode ser um sonho. Se for, por favor, me deixe, porque eu não quero acordar tão cedo!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Uma Luz no Fim do Túnel



Em 2001 quando o então Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, foi aos canais de televisão anunciar o Projeto Iluminação Pública Eficiente (Projeto Reluz), voltado para "tornar eficientes oito milhões de pontos de iluminação pública e instalar um milhão de novos pontos eficientes.", muitos disseram que o presidente enlouquecera e que o ato não passava de uma nova maneira do governo faturar em cima dos reclames populares por mais segurança. Ainda para o meio rural, FHC lançou o Programa Luz no Campo, que tinha como meta "levar energia elétrica a um milhão de propriedades e domicílios até 2002."

Sob ameaça de um apagão energético na época, a mídia não acreditava na notícia que o presidente dava e foi criticado dos pés à cabeça por isso. A matriz energética brasileira corria riscos e o país poderia entrar em colapso. Investimentos foram feitos, novas hidrelétricas e termelétricas inauguradas e tudo mudou.

Butiá nessa época cadastrou-se para o projeto e foi contemplado. De 2002 a 2008 passaram-se seis anos e pouco se sabia do então Reluz. O Jornal Sobral cansava de publicar matérias intituladas “Projeto Reluz pode finalmente sair do papel”, edições mais tarde noticiava-se “Reluz é mias uma vez adiado”.

Os motivos eram diversos, imensos e inexoráveis. Passou uma administração, entrou outra e a luta junto ao governo, Ceee, e todos os outros órgãos necessários foram incessantes, até que finalmente no segundo semestre deste ano a execução do projeto foi anunciada.

Muita gente ainda descrente julgando como reduto eleitoreiro achou que o projeto não sairia do papel, mas saiu. Passou por algumas dificuldades no meio de sua execução, alguns atrasos, mas está perto de atingir todos os bairros da cidade.
Nesta semana quando chegou ao meu bairro pude ver que Fernando Henrique não estava louco e a importância que o projeto teve para todo Brasil, não só em segurança como se apontava na época, mas em eficiência, economia e desenvolvimento para todos moradores.

Dei uma volta no quarteirão na segunda-feira à noite (dia 24), e vi que não era o mesmo de um dia atrás. No domingo, quando chegava em casa e todas a cinco lâmpadas do poste estavam queimadas, vi uma penumbra preocupante, e pensei: “Quanto tempo o Reluz vai demorar pra chegar aqui?”

Em 24 horas todo o cenário mudou, a escuridão havia sumido, dando lugar a ruas muito bem iluminadas, que apenas por isso já nos dão um ar de segurança. Claro que meu bairro continua a ser o único da cidade sem uma rua asfaltada e com alguns problemas de saneamento. Mas esse foi um passo muito importante.
Uma cidade que quer crescer, que quer desenvolver-se, tem que começar. Não devagar quase parando, nem rápido demais que perca os rumos depois, mas na medida, com um passo de cada vez.

Finalmente o projeto Reluz sai do papel e a cidade começa a enxergar uma luz no fim do túnel.

Fraude Eleitoral

A Polícia Federal do Maranhão descobriu uma fraude nas Urnas Eletrônicas de um município do referido Estado. O fato se deu por manipulação dos votos, ou seja, votava-se pra um candidato e o voto ia pra outro.

A Rede Bandeirantes, emissora de TV que apresentou a reportagem no "Jornal da Band" desta segunda-feira, dia 24, entrevistou especialistas em computação, os quais, disseram que a Urna Eletrônica não oferece segurança nenhuma, ou seja, podem-se manipular os votos tranquilamente, mesmo que a foto de um candidato apareça, o voto pode ir pra outro.

As histórias de fraude envolvendo a urna eletrônica costumam vir assim, de acordo com o TSE: gente ignorante, não soube votar. Ou, então, candidatos que reclamam por terem perdido a eleição. Os laudos técnicos apontam irregularidades gritantes mas no fim, os processos se perdem, são esquecidos.

Há falhas de segurança nas urnas eletrônicas brasileiras faz uns bons seis anos. A primeira reportagem, publicada, veio por conta do relatório de uma auditoria técnica que um político, hoje ministro de Estado, divulgou. Tratavam-se das irregularidades na eleição para governador do Distrito Federal de 2002. Entre os técnicos que assinavam o relatório reconhecendo as ‘falhas’ estavam alguns dos pais da urna eletrônica.

Quem entende de tecnologia sempre se assusta com a mitologia imposta pelo TSE a respeito da infalibilidade das urnas. No Brasil, sempre houve fraude eleitoral. O que as urnas eletrônicas produziram não foi o fim das fraudes. Foi o fim da investigação das fraudes.

Se NASA e Pentágono já tiveram seus sistemas, que são os mais seguros do mundo, violados, por que a Urna Eletrônica não seria vulnerável?

O responsável do TSE deixa claro de partida: no caso da pequena Caxias, no Maranhão, o tribunal sequer cogita a possibilidade de fraude. A única possibilidade com a qual trabalha é erro dos eleitores. Claro. São analfabetos. E a urna, inviolável.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Butiá Tênis Clube perto do fim


Uma sociedade decadente. Foi nisto que se transformou o Butiá Tênis Clube – BTC – um dos maiores clubes da região carbonífera, em plenos 40 anos de existência, amargura hoje sua pior crise, podendo chegar até ao leilão de seu patrimônio.

Após uma derrota, quando concorria a presidente da diretoria do Clube Butiá, entre 1966 e1967 Ítalo De Maman, e sua diretoria resolveu fundar em 23 de janeiro de 1968 o Butiá Tênis Clube.

A primeira assembléia aconteceu na Churrascaria Santo Antônio, onde foi definido nome, estatuto, opções de lazer que ofereceriam para a comunidade, como funcionaria a compra de títulos e demais burocracias legais para instituírem a sociedade.

A Copelmi se tornaria grande parceira na cedência do terreno. A venda de títulos torna-se fundamental para começarem a serem erguidas as primeiras estruturas do Ginásio. Após isso vieram as piscinas, a Churrasqueira, por último o Campo de futebol sete.

Famosos por concentrar a “Higt Society” da época, o BTC foi palco de grandes festas de aniversários, bailes de debutantes, campeonatos inesquecíveis de futsal. Além de ter recebido grandes shows de artistas locais, estaduais e até mesmo nacionais como Ângela Maria, Jair Rodrigues, Os Incríveis, além das diversas atrações proporcionadas pelo Festival Coxilha Negra que em todas as suas edições foram realizada no ginásio do BTC. Recebeu também fazes regionais do Fegart, hoje conhecido com Enart, maior festival amador de artes da América Latina.

Mas esses anos de glórias e glamour ficaram no passado, nos últimos anos o Tênis como é chamado pela maioria dos butiaenses, entrou em queda livre e vive o pior momento de sua história.

Crise instalada



Sem dinheiro, com pouquíssimos sócios em dia, sem uma diretoria atuante, o telefone está cortado e até a eletricidade chegou a ser interrompida algumas vezes este ano por falta de pagamento, sendo socorrida por um grupo de fundadores que emprestou dinheiro ao atual presidente para que pudesse pagar a conta de luz.

A quadra de esportes reformada em 2001 está com parques soltos, e uma pintura desgastadas, assim como as cadeiras das arquibancadas, onde algumas estão quebradas e sem condições de uso.

O tobo-água das piscinas chegou a ir a leilão por falta de pagamento, mas não ouve interessados na compra e para piorar ainda mais tudo, uma dívida trabalhista criada entre 2001/2002 chegou à justiça, que ordenou o leilão total dos bens da sociedade, pelo valor aproximado de R$ 600 mil, um quarto do valor real de patrimônio do BTC.


A Atual Gestão teria culpa?



Muitos julgam a má administração do atual presidente Beto Leite como fator fundamental para a crise no Butiá Tênis Clube. Ele assumiu a presidência em dezembro de 2002 e desde lá se mantém no comando da entidade. Um grupo de sócios tentou há três anos atrás retirá-lo da presidência através de uma liminar da justiça, mas foram derrotados pelo veredicto da juíza que autorizou que Beto continuasse a presidir o Tênis Clube.

Em conversa com o Jornal Sobral, Beto afirmou que sempre foi incansável dentro do BTC, e está tudo funcionando normalmente.
- A estrutura está conservada, limpa. Há algum atraso ou outro de salários ou nas manutenções, mas a falta de recursos para esses pagamentos é que geram estas dificuldades.

A falta de entrada de dinheiro em caixa, devido ao número reduzido de sócios em dia, somado a o grande afastamento de outros, também é o principal problema.

- Somente os sócios voltando e a comunidade ajudando é que o BTC se salvará. O Tênis Clube é um patrimônio da cidade - Relatou Beto complementando...

- Isso não é desculpa para a situação atual do clube, porém foram as más gestões, somadas a esta crise que foi crescendo, crescendo, até chegar este ponto.

Outro motivo apontado pelo presidente é a situação geográfica da entidade na cidade, junto com seu segmento de atuação atual.

- O BTC é famoso por atuar a anos na área esportiva com seus campeonatos, sendo mais fraco na área social. Nós ficamos numa ponta da cidade, muita gente às vezes tem dificuldade de se dirigir até aqui se não tem carro e isso também é um fator negativo.

Tristeza e despontamento



Aos 82 anos de idade, Ítalo De Maman, um dos idealizadores, fundadores e primeiro presidente do Butiá Tênis Clube, demonstrou-se triste com toda esta situação. Quando perguntado sobre o que ele achava da situação do clube, com uma leve pausa no pensamento e um pouco emocionado disse:

- Isso foi uma surpresa pra mim. Lamento imensamente que isto esteja acontecendo.
Seu Ítalo guarda consigo os documentos originais do primeiro estatuto, registros em cartórios, plantas e escrituras, as quais afirma ser uma relíquia e estarem bem guardadas em suas mãos.

A salvação a caminho

Como a diretoria atual não é 100% atuante, e os membros do conselho estavam afastados da entidade, Beto Leite convocou nesta quarta-feira, dia 19, uma assembléia com os sócios.

Com o quórum pequeno, aconteceu uma pequena conversa. Ambos decidiram deixar a ata em aberto e a reunião foi transferida para esta quinta-feira, dia 20, à noite, após o fechamento desta edição, porém o presidente Beto Leito nos adiantou por telefone.

- Hoje à noite, (quinta-feira, dia 20), será montada uma comissão para gerenciamento da entidade. Esta comissão irá propor novas eleições para o ano seguinte e juntamente com um grupo de sócios tentará evitar que o leilão do patrimônio da entidade aconteça no dia 3 de dezembro.

A comunidade aguarda ansiosamente o resultado desta nova reunião, e espera que algo seja feito para impedir que todo este patrimônio físico e cultural da cidade vá a leilão, até porque o Butiá Tênis Clube faz parte da história de Butiá e faz parte da vida de muita gente desta cidade.

“Dificuldades sempre existem, mas agora ficou grave, e envolve todo o patrimônio do clube” – Presidente do BTC Beto Leite

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Parte da História



Nesta semana o Instituto de Educação Cenecista Professor Alcides Conter – Iecpac – completou 50 anos de história dedicada a uma educação diferencial e qualitativa para a cidade.

Um lugar singular, onde vivi sete anos e meio da minha vida e também sou parte dessa história. São tantos “causos” para contar, tantos momentos a lembrar, além, é claro, do conhecimento proporcionado para toda a vida, item principal que aprendi nesta escola.

Lembro-me daquele 2º bimestre de 1998 quando escrevi minha primeira redação na 5ª série com a professora June, na qual, viria a ser selecionada para ser publicada no “Jovem Escritor”. Para quem não conhece, este é um projeto em que o Iecpac lança anualmente um livro com os melhores textos dos alunos de todas as séries.
Foi da professora June que eu ouvi a primeira vez, com 10 anos de idade, que eu poderia ser um jornalista, escritor, ou algo do tipo. Coincidência ou não, o destino me reservou esta profissão.

Isso tudo também por eu gostar de escrever e por me interessar na língua portuguesa. Tudo bem confesso que nunca fui um aluno nota 10, mas os seis anos de aula com a professora Beth fizeram com que eu visse a matéria de outra forma. Aprendi a gostar de verdade de português. Foram tantos “puxões de orelha” que valeram à pena.
Além de toda essa importância profissional, aprendi valores éticos, sociais e humanísticos dentro do Iecpac. Na época de escola agente nunca leva a sério o que nos falam, e achamos que via durar pra sempre aquele momento... Mas ele não dura!
Chega o 3º ano, o pavor bate, a dúvida do vestibular também! Que profissão vou seguir? O que eu quero ser? Ai vem a lembrança sempre que a professora Clair falava que “Lá fora, no mercado de trabalho, na vida, tudo é diferente” e agente não dava ouvidos.

Fora todo o lado sério, foram muitas risadas, muitas visitas ao SOE e à Direção, a maioria delas por bobagem, mas que eram necessárias receber um repreensão para servir de lição e ver que nem tudo eram rosas.
Saudades desse tempo, saudades daquela turma que andou junto desde a 5ª série até o 3º ano e depois a vida nos forço a seguir caminhos diferentes, onde pouco nos vemos hoje em dia. Mas isso faz parte.

Parabéns Iecpac pelos 50 anos de história junto a nossa comunidade e a região carbonífera. Sinto-me orgulhoso em poder ser mais um a fazer parte desta história.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Quem matou Eloá?

Uma salva de palmas... Foi com esse gesto que milhares de pessoas se despediram da menina Eloá, de 15 anos, que teve sua vida interrompida após o ex-namorado Lindemberg Alves, 22 anos, mantê-la refém por mais de 100 horas em Santo André no ABC paulista.

Um jovem que sonhava em casar, se dizia apaixonado por ela, mas não entendeu o fim do relacionamento. Achando ser dono da garota, através de um sentimento possessivo, invadiu o seu apartamento, a seqüestrou, e fatidicamente a matou após ação policial.

O país se emocionou com tamanha atrocidade, com tamanha frieza de um rapaz que até então nunca havia apresentado nenhuma característica violenta. Na mira dos atiradores da tropa de elite da polícia militar paulista por mais de seis vezes, o comando da operação optou por manter a sua vida íntegra, e tentar vencê-lo pelo cansaço.

Não funcionou!


Além de não vencê-lo pelo cansaço, tentaram uma invasão frustrada, mal planejada que resultou em uma vítima fatal. Ao começar pela volta da menina Nayara ao cativeiro, algo jamais visto, permitido, ou feito por qualquer outra polícia no mundo inteiro. Seguido pela demora nas negociações.

A SWAT, polícia especializada em seqüestros dos Estados Unidos estípula como prazo no máximo 24 horas de negociações, após isso é invasão certa. A eficiência deles é tanta que em toda sua história o seqüestro mais longo durou apenas 9 horas, apenas 81 horas a menos que o caso Eloá. E outra, se o ‘delinqüente’ estiver na mira dos atiradores, na primeira oportunidade ele será alvejado.

Mas ai é que entra outra questão, o Grupo de Ações Táticas e Especiais da polícia militar, - GATE – agiu dentro da Lei brasileira. Se um disparo fosse feito e tivesse atingido Lindembeg, Eloá estaria viva, a amiga sã e salva e os policias que atiram presos e condenados por algum órgão de direitos humanos e pela mídia.

A mídia, esta, que talvez tenha grande culpa também no desfecho deste caso. Helicópteros de várias emissoras não abandonaram o espaço aéreo próximo ao prédio. A Rede Globo tinha visão de quase 360º do que acontecia em torno do local, por ter instalado câmeras em toda a volta do prédio. A Record transmitiu tudo ‘Ao Vivo’. A Rede TV conseguiu até o número do celular do Lindemberg, ligou para ele durante o programa A Tarde é Sua da Sônia Abraão, e conversou com ele por alguns minutos.

Com tudo isso, a polícia dava um passo, e Lindemberg que acompanhava ‘Ao Vivo’, sabia de tudo que acontecia lá fora. A Polícia tentava ligar para ele para negociar, e o celular estava ocupado, pois ele estava batendo um papinho com um repórter da Rede TV. Por favor né! Foi uma espetacularização totalmente desnecessária.

Será o Lindemberg o único culpado pela morte de Eloá, por seu amor infinito e sua cabeça doentia? Ou será que a polícia com toda sua inexperiência e amadorismo por o deixar tomar conta de sua situação tem sua parcela de responsabilidade? Ou ainda a mídia por toda a pirotecnia usada para transmitir o caso?

Se fosse feito isso... Se fosse feito aquilo... Se tanta coisa fosse evitada... Se... Se... Se... Agora não adianta tentar explicar ou achar desculpas, mais uma vida foi perdida, injustamente, na nossa “Pátria Amada”.

Lindemberg não está só no desfecho do caso, e pode sim, dividir a culpa com mais alguém.

Os tempos mudaram




Butiá completou seus 45 anos de emancipação política. 45 anos de independência do seu município mãe São Jerônimo. 45 anos da eterna busca de um rumo para o real crescimento.

Na realidade vale lembrar que se contarmos a partir do tempo em que Nicácio Machado e seus companheiros desbravadores, iniciaram suas pesquisas carboníferas, e as primeiras explorações de carvão no local que mais tarde se tornaria Butiá, temos aproximados 100 anos de história.

Os tempos áureos do carvão já se foram. Naquela época todos viviam o sonho mentiroso de trabalhar na mina, correndo o risco de descer para o subsolo e nunca mais voltar. A cada dia era uma nova oração para que nenhuma vida fosse interrompida antes da hora, por um súbito deslizamento, ou uma súbita explosão.

Não era um paraíso, mas todos viviam felizes, ganhavam o necessário para o sustento da família e mais os auxílios que a “Companhia” dava. A saúde não era burocrática, os pacientes eram sempre atendidos e não havia tantos problemas e reclamações como hoje em dia.

Isso tudo ficou no passado. Num passado em que a sirene tocava, e milhares de homens desciam para suas galerias, esquecendo um pouco do calor do sol. A sirene voltava a tocar, ou a luz do dia podia ser vista mais uma vez, ou ao menos um pouco de ar puro era capaz de ser respirado novamente. E se esse som, ouvido por toda a cidade, fosse acionado fora de seus horários de rotina, uma coisa era certa, Santa Bárbara recebia milhares de orações de famílias desesperadas sabidas que algo de errado havia acontecido a mais de 100 metros abaixo de seus pés.

É... Realmente isso tudo ficou no passado. Num passado em que meu avô era guincheiro na mina do R1, minha mãe e minhas tias brincavam em cima das vagonetas do trem que esperava para ser carregado e as empregadas lavavam roupas no “Açude das Águas Quentes”.

Os tempos mudaram! A cidade viveu por mais de 60 anos exclusivamente para a exploração do carvão. Já hoje vivemos em busca um novo rumo, ainda não muito certo.
Sabemos a vocação que Butiá vem apresentando nos últimos 10 anos para o setor madeireiro. Que o carvão ainda é uma riqueza presente no nosso subsolo e que muita coisa precisa ser feita.

Mas população dorme esperançosa e sonha com uma cidade que ofereça uma educação qualificada para o filho. Sonha com o emprego para ele assim que sair do colégio, não ter a necessidade de ir embora. Sonha com uma boa infra-estrutura que englobe a saúde, o saneamento, a iluminação, a segurança e dentre tantas outras necessidades básicas para se viver bem.

Em 20 anos que conheço a cidade sei que ela cresceu, evolui, mas ainda carece de muito mais, principalmente nas áreas de maior vulnerabilidade social. Quem sabe daqui a 5 anos, nas “Bodas de Ouro” do município já tenhamos descoberto o caminho certo a trilhar e iniciado a conquista do crescimento.

Este é mais um sonho, que se não se tornar real, irá perdurar no mínimo até os próximos 50 anos.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

A Festa da Democracia!

Já diz o tão famoso ditado, que “A voz do povo, é a voz de Deus”, e no encerrar de mais um período eleitoral, o povo foi às urnas e escolheu os candidatos, que em suas visões, eram o melhores para governar a cidade.
Um ato de democracia, originado nos idos do século V a.C em Atenas, na Grécia antiga, onde os cidadãos decidiam os destinos da polis (cidades) na ágora (a praça pública).

Graças a Sócrates, Platão, Aristóteles, Péricles e Demóstenes, nomes bem conhecidos das aulas de história, é que a política como uma ciência superior, tornou-se determinante em qualquer organização social e com inquestionáveis reflexos sobre a vida dos indivíduos.

No Brasil, a democracia veio a surtir efeito somente após os “anos dourados” da revolução militar entre 1964 a 1984. Junto com o surgimento do movimento civil de reivindicações “Diretas Já" por eleições presidenciais diretas no Brasil, concretizando-se com a nova Constituição Federal de 1988.
No último domingo a população exerceu muito mais que um ato de democracia. Exerceu o dever de comparecer em suas seções eleitorais, após uma profunda análise das propostas oferecidas pelos 86 candidatos a vereador e dos quatro candidatos a prefeito, apertando “confirma”, e concretizando assim a certeza do seu voto.

Sérgio Malta entra para a história, conseguindo pela primeira vez em 45 anos de emancipação política da cidade a re-eleição. Totalizando mais de 5 mil votos, ficando a frente de Fernando Lopes 4,74%, algo em torno de 600 votos.
Malta prepara-se para mais quatro anos no comando de Butiá, ao lado desta vez de Paulo Machado. Provavelmente mantendo seu secretariado com uma ou outra troca, como na Equipe de Desporto, Turismo e Comunicação – EDTC -, até então chefiada por Guilherme Machado, que deixa o cargo no final do ano para assumir uma cadeira na Câmara de Vereadores na próxima legislatura, sendo o vereador mais jovem eleito.
Desta vez com o slogan “Avança Butiá”, e segundo Sérgio Malta “após arrumar a casa”, promete iniciar um novo processo de crescimento para cidade. Dando continuidade as receitas de saneamento e pavimentação, seguindo pela construção de postos de saúde e Escola Infantil. Além da conclusão das obras em andamento como a do Ginásio Municipal e o Palco de Eventos.

Já a Câmara de Vereadores foi renovada, mantendo apenas a re-eleição de Dedé Tintas, tendo oito novos edis. Uma Câmara jovem, com média de idade de 36 anos.

A comunidade usou de seu poder de voto, e escolheu os políticos que comandarão Butiá, a partir de janeiro de 2009. Mas não basta só usar deste poder. Eleitor use do seu dever de cidadão, memorize os candidatos que votou, lembre de suas propostas apresentadas e cobre durante os próximos quatro anos tudo que foi prometido.

O sentido democrático é maior que uma simples escolha. É maior que um cargo no Poder Público. Por isso, enfatizo, fiscalize o seu vereador e cobre dele caso algo não esteja andando como que foi dito a você antes da eleição. Por que daqui a quatro anos, com certeza, ele irá procurar você novamente...

CTRL C + CTRL V não eras!




Quem já "sobreviveu" a um trabalho de conclusão de curso (TCC), ou recém está iniciando o projeto, sabe que não é nada fácil ler milhões de livros e ainda ter que escrever de trinta a duzentas páginas sobre um assunto. São horas dedicadas à monografia - às vezes sem vontade, sem paciência e com muito estresse - mas todo mundo sabe que é extremamente necessário fazer um trabalho bem feito e, mais do que isso, dominar o assunto para poder apresentar à banca de professores. Se não for assim, você não termina o curso. O fato é que algumas pessoas escolhem o caminho errado: a galera acaba comprando um trabalho. Pagam - fortunas - para alguém fazer o conteúdo e entregá-lo pronto, desde a capa até a última folha.

Outro hábito muito comum entre acadêmicos e estudantes de ensino médio é a copia de trechos de sites da internet. A garotada acha que "não vai dar em nada" pegar algumas frases ou até mesmo alguns parágrafos e apresentar como idéias próprias. Isto, na verdade, chama-se plágio (roubo intelectual, imitação, cópia integral de um trabalho, apresentação de produção textual alheia sem indicação de fonte bibliográfica), e é ilegal. Por isso, advertimos: lembre-se de que seus professores são “eternos estudantes” e lêem até bula de remédio. Eles estão mais ligados do que você imagina. Conseguem identificar quando um texto é cópia apenas por uma frase ou outra que os estudantes colocam.

Razões

Tem gente que deixa para fazer o trabalho na última hora porque não teve tempo - trabalha e estuda - ou por preguiça mesmo, já que abrir um livro ou escrever um texto é, muitas vezes, um dilema. Há quem tenha dificuldade e medo de fazer. Isso é possível, afinal, não é tão simples e rápido construir um trabalho, muito menos uma monografia. Contudo, agindo de má fé, a impressão que fica é a de que o sujeito é um grande "fanfarrão", alguém que quer se dar bem sem ter que fazer esforços.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Uma Guerra Idealista


As características fundamentais de uma sociedade e dos
homens e mulheres que a compõe, é invariavelmente conseqüência
de uma história. Não é diferente aqui no garrão do Brasil,
onde a história é contada a partir dos seus habitantes. O gaúcho
que surgiu a partir do início do século XVII é o resultado de uma
mescla de raças e etnias que ocuparam a pampa do extremo sul
da América, abrangendo o que hoje conhecemos como Rio Grande
do Sul, Uruguai e Argentina. Os índios primeiros habitantes,
os espanhóis, portugueses e negros que aqui se estabeleceram,
alguns por vontade própria, mas a maioria forçada pelas circunstâncias
históricas que vivenciou. Depois vieram os alemães,
os italianos os poloneses e pequenos grupos de outras partes do
mundo. Do cruzamento destas raças, temperadas pelo frio, pelo
minuano, pelo espaço generoso e sem cerceamentos, pela lida
com o cavalo e com o gado, surge um tipo humano sedento por
liberdade e extremamente apegado a sua terra.

Não podemos desconhecer que encontramos aqui e acolá,
historiadores ou “palpiteiros” que procuram descrever o gaúcho
como um marginal, um homem sem escrúpulos, machista,
ladrão, contrabandista, e assim por diante. Esquecem que o homem
é, e sempre foi, um elemento do seu meio e do seu tempo.
Rude, forte, às vezes bandido, mas sempre livre, era o Gaudério.
Aquele homem deve ser compreendido e estudado a partir dos
conceitos morais e da ética vigente à sua época. Querer julgá-lo
hoje, com os padrões sociais e éticos da sociedade contemporânea
é descabido.

No Rio Grande do Sul, território disputado por Portugal e
Espanha, o Gaúcho adquire algumas características próprias,
desenvolvendo um gosto muito apurado pela aventura e pelas
escaramuças bélicas. O Estado foi por muito tempo, tanto por
necessidade quanto pelo gosto, um grande quartel. Do dia para
a noite as fazendas se transformavam em quartéis e os peões em
soldados. Bastava um toque de clarim para transformar a
peonada em companhia ou batalhão. O objetivo era quase sempre
o mesmo: garantir que o território não fosse dominado pelos
castelhanos. Em 1835 o processo foi outro. Os sul-rio-grandenses
se rebelaram contra os Portugueses. Contra a tirania política e
econômica do Império Brasileiro que tratava a província com
desdém.

No início era uma manifestação de inconformidade, uma
exigência de melhor tratamento, depois, com a intransigência
imperial, se transformou numa tentativa de autonomia. A idéia
de República fervilhava entre os farroupilhas. O desejo de autodeterminação
era notório. No entanto, havia como sempre houve,
um sentimento superior: o sentimento de brasilidade. A República
Rio-Grandense foi proclamada e durou mais de oito anos,
o que não impediu à assinatura da Paz que reforçou a brasilidade
do gaúcho.

Muitos dizem que comemoramos no dia 20 de setembro “uma
guerra perdida”, na realidade dia 20, além de ser o dia do Gaúcho,
é o dia em que comemoramos o nosso idealismo, o nosso
bairrismo, que nos caracteriza como ícones da história brasileira
e do tipo de formação da sociedade sul-rio-grandense.Não devemos
negar ou nos envergonhar disso, assim como precisamos
reconhecer que o povo gaúcho é o mais politizado entre os brasileiros,
como é, possivelmente, o mais persistente e aventureiro.

Existe idade ideal para marcar o corpo


Tatuagem já é polêmica por si só, mas quando envolve jovens menores de idade a discussão vai além. Depois que saiu a lei que exige autorização dos pais para quem tem menos de 18 anos se tatuar, muita coisa mudou. Enquanto uns agradecem a medida, outros – geralmente os jovens proibidos – acham um absurdo. Para saber o que a galera está achando desta situação conversamos com várias pessoas e um profissional da tatuagem. Confira o que eles pensam.

Muito mais que a moda, muitos jovens querem mesmo é poder deixar marcado no corpo algo que realmente gostem. Estefani Gomes de Souza, 12 anos ainda não tem nehuma, mas tem muita vontade de ter, mas de antemão já avisa: “Tenho certeza que meus pais não concordariam”.
Já na contramão Leonardo também de 12 anos, afirma que seus pais não têm nada contra tatuagens, mas contra piercings sim. Mas ele quer os dois “Acho legal, quero no futuro fazer uma tatoo e colocar um piercing”.

Quem entende do assunto explica

O tatuador Gilvan do Studio Arte Mundo de Butiá trabalha a sete anos no ramo, possui seis tatuagens e afirma ter feito a primeira quando já era maior de idade.
Ele ressalva à importância dos pais educarem bem os filhos sobre o que é uma tatuagem, não só descriminar, pra que se realmente for feito algum desenho seja bem pensado e não haja arrependimentos depois.
Quanto a Lei, Gilvan diz que ela dá um limite aos menores, tatuar o corpo é algo muito sério. No seu Studio, menores só são tatuados com a presença do responsável portando documento de identidade para comprovar seu parentesco.
Mas no geral, seus clientes são a maioria adultos e há pouca procura de menores segundo ele.

O que diz a lei

Fica proibida a realização da prática de tatuagem e de “piercing” em crianças de 0 (zero) a 12 (doze) anos e em adolescentes, sem a devida autorização dos pais ou responsáveis legais, assim considerados nos termos da legislação em vigor. Lei Nº 10.169.

No Estado de São Paulo, Rio de Janeiro e Alagoas está proibido por lei menores de 18 anos de fazerem tatuagem e piercing mesmo com a presença e autorização dos pais. A punição é uma multa e o fechamento definitivo do estabelecimento. Lei estadual SP 9.828/97. Lei estadual RJ 4388/06. Lei Estadual AL 5.765/07.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Os jovens estão perdendo o gosto pelo tradicionalismo?


Barbosa Lessa, um dos precurssores do tradicionalismo, com sua visão holística inigualável entre os tradicionalistas, afirmava, já em 1954, que para a garantia de futuro era necessário dar especial atenção à participação dos jovens.
O Movimento Tradicionalista Gaúcho – MTG - volta cada vez mais suas atividades para tentar atrair um número maior de jovens para que participem dos CTG’s, levem pais, irmãos, tios, primos para dentro da entidade e façam com que a hereditariedade do sentimento em ser gaúcho continue.

É o Entrevero de Peões e Guris farroupilha, que coloca corajosos jovens que se dispuseram a participar de uma maratona de provas, procurando demonstrar seus conhecimentos teóricos, suas habilidades artísticas e sua destreza na lida com o cavalo. Também a Ciranda de Prendas que possui objetivos parecidos, o Enart que propicia um espaço de participação qualificada aos jovens tradicionalistas, num processo de revitalização indispensável ao tradicionalismo organizado e até a própria Fecars com as novas modalidades campeiras envolvendo piazitos.
Mas ainda sim com os passar dos anos é cada vez mais difícil brigar, dividir espaço com as ‘tendências’ importadas do mundo globalizado, que alienam os jovens e o sugam para fora desta raiz cultural.

Os CTG’s vêm cumprindo seu papel, proporcionando aos que gostam de cultivar as nossas tradições, invernadas de dança, invernadas campeiras e esportivas. Só falta àqueles que tem curiosidade, que tem vontade de participar, ter um pouco de atitude e ir conferir de perto e se tornar mais um soldado e defesa do nosso Rio Grande.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A SEMANA FARROUPILHA



Os festejos farroupilhas, realizados ininterruptamente desde 1947, quando foi levada a cabo a primeira “Ronda Gaúcha”, no Departamento de Tradições do Colégio Julio de Castilhos, representam muito mais do que a simples reminiscência dos fatos que marcaram a historia do Rio Grande do Sul durante o decênio heróico. Os festejos farroupilhas, mais conhecidos como Semana Farroupilha, se constituem num culto ao Rio Grande, sua historia, sua gente, seus valores, suas crenças, enfim, sua cultura.

Por obra da Assembléia Legislativa, cujo presidente era o Deputado Solano Borges, a Semana Farroupilha foi instituída oficialmente no ano de 1964 (Lei n° 4.850 ), na qual fio definida a composição da Comissão responsável pelo planejamento, orientação e execução. O Movimento Tradicionalista Gaúcho faz parte dessa comissão como única instituição privada. Os demais integrantes são órgãos de governo.

Por conta da lei e da historia do próprio MTG, é fundamental que cada Região Tradicionalista e cada Entidade filiada esteja engajada e seja a protagonista nos festejos farroupilhas.


A Semana Farroupilha, que iniciou com o acendimento da Chama Crioula em agosto e que se encerra no dia 20 de setembro, é um evento da sociedade gaúcha. Ela não pertence ao MTG, ao Governo do Estado nem às Prefeituras Municipais, mas os tradicionalistas, pelo conhecimento que tem, pelo engajamento na causa do gauchismo, pela atividade permanente em prol da cultura e da historia gaúcha, tem participação necessária e merecida nas comissões organizadoras. Ocupar o espaço que nos pertence de direito é um dever. Fazê-lo de forma exemplar e um compromisso.

A realização do Desfile Farroupilha do Acampamento Farroupilha na capital, é a real demonstração de todo amor que o povo tem pelo nosso Rio Gradne do Sul, e os símbolos maiores da maior festa popular do nosso Estado.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Vamos aos cálculos


Você diversas vezes já deve ter pensado: Como é que um vereador é eleito? Sim, porque fazer o maior número de votos não significa que o candidato será eleito. Tudo depende do número proporcional de votos dados ao partido ou coligações.

Funciona assim...

As vagas na Câmara são ocupadas pelos candidatos mais votados de cada legenda (não quer dizer que os mais votados do pleito serão eleitos, pois dependem dos votos dados ao partido ou coligação). Para saber o número de eleitos por partido é necessário ser feita uma série de cálculos. Assim, é a matemática que dita às regras nas eleições.

1+1=2

Para conseguir uma cadeira no Legislativo, é necessário que partidos e coligações atinjam o quociente eleitoral. O quociente é um número obtido dividindo o número de votos válidos (os que são dados a candidatos ou penas na legenda, excluindo os votos brancos e nulos), pelo número de vagas da Câmara Municipal de Vereadores.

Como foi em 2004

Nas últimas eleições municipais Butiá registrou 13.008 votos válidos. Esse número dividido pelas 9 vagas dá 1.445. Desta forma para eleger um vereador, o partido ou a coligação teve que conseguir no mínimo essa quantidade de votos. Em 2004, todos os partidos e coligações de Butiá conseguiram ao menos uma vaga na Câmara de Vereadores, pois ultrapassam o quociente eleitoral (1.445 votos).

Cadeiras por partidos

Após saber quem tem direto ou não a uma vaga, um novo cálculo é feito para definir quantos vereadores cada partido ou coligação podem colocar. Desta vez, divide-se o número de votos obtidos pelo partido ou coligação pelo quociente eleitoral. No caso do PDT em 2004 seria 1.770 (votos válidos), divididos por 1.445 (quociente), que resulta e 1,22, apenas uma vaga. Já a coligação PTB-PSDB obteve 3.725, que resulta em 2,5, proporcionando duas vagas na Câmara.

E se sobrar vaga?

Se depois de todos esses cálculos com os partidos e as coligações ainda sobrarem vagas, a Justiça Eleitoral faz novas contas para dividir proporcionalmente as últimas cadeiras. Foi o aconteceu em Butiá em 2004, oito vagas foram preenchidas, dentro da proporcionalidade. Sobrando uma, que após os novos cálculos, foi dada ao PTB.

Muito mais que promessas

O povo está fadado de uma política moratória, cheia de promessas irrelevantes, de crenças esperançosas e inalcançáveis. O povo que mais que isso. Muito mais.
É a boa educação para o filho, é o bom emprego para o pai, é a certeza de saber que ao não se sentir bem e ir ao posto de saúde ou a hospital serão bem atendidos, medicados e voltarão para casa sem preocupação.

Butiá até então é uma cidade tranqüila em questões de segurança, então para isso só manter o trabalho atual desenvolvido e ampliá-lo aos poucos. Isso já é uma grande coisa. Como, por exemplo, a cavalaria montada, implantada esta semana, que já é um primeiro passo.

Os mais necessitados precisam de atenção, de programas de auxílio psicológico, financeiro, estrutural. A assistência social vai mais que um atendimento em gabinete, é uma parceria com outras as secretarias para ver se nas áreas mais carentes há ou não valetas com esgoto correndo na frente do pátio onde as crianças brincam. Ver se o local onde moram acomoda toda família, se não está caindo aos pedaços e se chover estarão mais seguros dentro da casa do que na rua.
É todo um sistema onde nada pode dar errado, se uma engrenagem não funcionar a “Máquina Pública” pára e ela parando nossas vidas param também. Por isso a importância de cada voto ser dado conscientemente.

São os quatro que anos que poderão mudar ou não a sua vida, por isso queremos muito mais do que promessas, muito mais que conversa fiada, apertos de mãos, tapinhas nas costas e beijo em crianças, muito mais que blá-blá-blás... ti-ti-tis... Queremos é a ação!

O candidato promete que vai fazer mundos e fundos? Quando ele chegar à sua casa com aquela lábia para pedir voto, indague-o. “Ah então o senhor promete fazer isso? Como o vai ser feito? De que jeito? Com qual verba?”
Esse é o nosso papel de cidadão. Além de dar o voto saber em quem está votando e se esse voto realmente vai valer à pena.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Amanhã... Apaixone-se!

Pra muitos sim, pra muitos não...
O texto de Clarice Lispector, diz tudo e dele
foi feita uma peça publicitária por um estúdio paulista...

Tornando-se recomendável a todo mundo que acredita ou não...



Amanhã... Apaixone-se!

Porque o dia seguinte é o dia mais importante da sua vida.
É no dia seguinte que sabemos se o dia de ontem valeu a pena.
É no dia seguinte que acordamos para a realidade ou dormimos no sonho.
A vida da gente começa no dia seguinte e só existe uma maneira de viver: APAIXONADO.

Por isto dance, dance como se ninguém estivesse vendo você,
Trabalhe como se não precisasse de dinheiro,
Corra como se não houvesse a chegada,
Ame como se nunca tivesse sido magoado antes,

Acredite como se não houvesse frustração,
Grite como se ninguém estivesse ouvindo,
Beije como se fosse eterno,
Sorria como se não existissem lágrimas,

Abrace como se fossem todos amigos,
Durma como se não houvesse amanhã,
Crie como se não existisse crítica,
Vá como se não precisasse voltar,

Acorde como se você nunca mais fosse dormir de novo,
Faça a próxima viagem como se fosse a última,
Vista-se como se não conhecesse espelhos,
Proponha como se não existissem as recusas,

Brinque como se não tivesse crescido,
Levante como se não tivesse caído,
Case como se não houvesse outra,
Mergulhe como se não houvesse medo,

Ouça como se não existisse o certo ou errado,
Fale como se não existisse o certo ou errado,
Aprecie como se fosse eterno,
Viva como se não houvesse fim.

Prefira ser invés de ter, Sentir invés de fingir, Andar invés de parar, Ver invés de esconder,
Abrir invés de fechar.

Apaixonar-se é um exercício de jardinagem: arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, espere, regue e cuide. Terá um jardim. Mas esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excesso de chuvas. Se desistir, não terá um jardim. Terá um descampado.

A paixão não se vê, não se guarda, não se prende, não se controla, não se compra, não se vende, não se fabrica.
A paixão é a diferença entre o sucesso e o fracasso.
Entre a dúvida e a certeza.

Entre aqueles que gostam do que fazem e aqueles que fazem o que gostam.
Apaixonados não esperam, agem.
A paixão é o que faz coisas iguais serem diferentes.

Lembre-se que a arca de noé foi construída por apaixonados que nada conheciam de navegação e de embarcação e o Titanic foi feito por engenheiros profissionais, fabulosos, que queriam mostrar seu poder.

Amanhã, quando acordar, pense se hoje valeu a pena e APAIXONE-SE. Porque em 24 horas você vai entrar no dia mais importante da sua vida: o dia seguinte.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

A Terra pede socorro. Você pode ajudar?


O aquecimento global é provavelmente hoje a maior ameaça à vida. Devido à atividade humana o clima da terra esta em rápida transformação. O ano de 1998 foi o mais quente da década, a última década do século XX foi a mais quente já registrada neste século e o século XX foi o mais quente do milênio. Será que a humanidade tem hoje recursos tecnológicos para resolver esta situação, mais terá vontade política?

É Justamente neste ponto que Nós Todos podemos ajudar. Proteger o planeta é a onda do momento. Sustentabilidade é a palavra-chave. Além de essa atitude ecológica ser moderna, garante às gerações futuras um mundo melhor. Ai vão algumas dicas para que possamos gerir melhor a nossa vida cuidando bem do nosso planeta e dos meios de energia.

Se for cozinhar, tampe suas panelas, e use sempre o fogo mínimo. O tempo para cozinhar não tem nada a ver com o tamanho da chama.

Compre um ventilador de teto. Nem sempre faz calor suficiente para se ligar um ar condicionado, além de economizar 90% de energia.

Use pilhas e baterias recarregáveis. São caras, mas podem ser recarregadas mais de mil vezes, você economiza energia e grana.
Troque lâmpadas incandescentes por fluorescentes. As fluorescentes gastam 60% menos energia que uma incandescente.

Compre papel reciclado.
Produzir papel reciclado consome de 70 a 90% menos energia do que o papel comum, e poupa nossas florestas.

Plante uma árvore.
Uma árvore absorve uma tonelada de gás carbônico durante sua vida. Plante árvores no seu jardim

Ande menos de carro. Use menos o carro, saia a pé ou de ônibus Se você deixar o carro em casa 2 vezes por semana, deixará de emitir 700 quilos de poluentes por ano.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Um Pleito Memorável


Em 2008 Butiá vive a eleição que poderá entrar para história de sua comuna. Sérgio Malta busca quebrar o paradigma da inédita reeleição a Prefeito, jamais conseguida em todos os 45 de história pós-emancipação de Butiá. Somente Ruy Saraiva, Rubens Carvalho e Ademir Garcia Mendes conseguiram voltar ao mandato maior do executivo municipal, após o intervalo de uma ou duas legislaturas.

E é isso que busca Fernando Lopes, que após 4 anos afastado do da Prefeitura Municipal, busca voltar a comandar a cidade ao lado de Irani Medeiros, que também, se eleita, será a primeira mulher a estar no Poder Executivo da cidade.

O candidato Gilberto Félix, está na disputa pela primeira vez, após dois anos consecutivo sendo o vereador eleito com mais votos na cidade, chegando a ser o mais bem votado da história com quase mil votos em 2004. Seu vice, Mauricinho, aproveita também da boa fase política de 2006 quando concorreu a Deputado Federal, chegando aos quase 4 mil votos.

Na contra mão desses políticos de carreira aparece Luciana Carreiro, sempre lembrada por suas lutas idealistas ao lado do mega-fone. A candidata segue os ideais de Heloísa Helena e Lucina Genro, lutando por um voto de “mudança”.
Fernando e Gilberto investem em campanhas estratégias e bem elaboradas com calendários eleitorais divididas por bairros, onde os candidatos concentram visitas e comícios à comunidade. Malta lançou sua candidatura de maneira modesta e seu primeiro comício acontecerá neste final de semana. Luciana recorre à campanha boca-a-boca, sua fama comunitária em seu bairro e de seu horário eleitoral na rádio.

No geral ambos também investem em santinhos e banners de alta qualidade, assim como em jingles rodando diariamente em carros-de-som e veículos adesivados.
Os butiaenses estão atenciosos e apreensivos com a eleição que começa a esquentar e decidirá os rumos da cidade para os próximos anos. Emprego, Saúde, Educação, Cultura e Meio Ambiente são os temas mais discutidos entre os candidatos e que o Jornal Sobral vem selecionando nas últimas semanas, de acordo com as entrevistas realizadas da Rádio Sobral.

Um candidato tenta quebrar um mito, outro seguir a regra, há o que tenta o cargo inédito e aquela que tentar fazer uma revolução nos pensamentos da cidade.
O certo mesmo é que a democracia será feita, o candidato que mais esclarecer a população sobre suas propostas e o trabalho que virá a executar na cidade, ganhará a confiança do eleitor e consecutivamente o voto.

Reclamar depois que nada está sendo feito é muito fácil, mas analisar o voto antes de ser dado muita gente não lembra. Por isso devemos estar atentos e analisar quanto vale o poder de um voto, pois ao apertarmos no “Confirma” estamos dando uma procuração a uma pessoa para estar dentro da Câmara de Vereadores representando cada um dos 20 mil habitantes de Butiá e dando o poder de escolha a eles sobre o nosso futuro.

Na próxima quarta-feira, dia 27, a partir das 20h você pode acompanhar pela Rádio Sobral os debates dos candidatos a Vice-Prefeito e no sábado dia 30, a partir das 17h, o debate dos candidatos a Prefeito.

Ouça bem as propostas. Análise e escolha certo seu candidato!

Lágrimas de Ouro


Quem nunca teve um objetivo? Um sonho? Um desejo próximo do impossível de ser realizado? Houve quem te chamasse de louco, quem tentou te desanimar dizendo que seria só mais uma tentativa inóspita. Mas houve quem estava lá do seu lado, dia-a-dia, não deixando você desistir, te incentivando, te motivando e crendo.

Não existe nada impossível, com trabalho, dedicação e muita vontade. Até podem existir barreiras difíceis, mas nenhuma é intransponível e essa luta física mostra o real barato da vida.

Na Olimpíada de Pequim, podemos ver rosto a rosto dos atletas, a cada prova disputada, a cada classificatória, a cada eliminatória, a cada final a vontade de vencer estampada em letras garrafais “Eu quero ser campeão”.

O objetivo traçado por cada um, o sonho, a garra tudo fala mais alto naqueles segundo em que o momento é só deles. A terra poderia parar de girar, e eles continuarem lá, na batalha pessoal contra o tempo e contra o próprio limite do corpo para fazer o melhor.

O americano Michael Phelps, é atualmente símbolo disso, é exemplo a qualquer um que queira conquistar algo, seja atleta ou não. Ele sozinho, se fosse um país, hoje estaria entre os dez primeiros no quadro de medalhas. Um recordista, que nem a física consegue explicar o que ele faz dentro das piscinas. Uma vitória por um centésimo de segundo, como foi a do seu último ouro, realmente é difícil de explicar, mas para nós simples humanos. Para ele que ultrapassou esse ‘estado de espírito’ é barbada.

Quem viu a russa Yelena Isinbayeva também sabe que ela não fica pra trás pulando seus 5,05m também quebrando recordes atrás de recordes. Além de diversos outros ‘monstros‘ dessa olimpíada que pra sempre serão lembrados na história.
Mas quem não podemos esquecer é do cara que fez muitos brasileiros se emocionarem e até chorarem com a sua vitória. César Cielo, a primeira medalha de ouro do Brasil nesta Olimpíada, a primeira medalha de ouro dele em competições olímpicas, a primeira medalha do Brasil na natação. Quebrou o recorde mundial na fase classificatória, outro atleta bateu o recorde dele. Não bastando, ele tornou a quebrar o recorde mais uma vez.

Cielo se tornou o homem mais rápido do mundo nos 50m livre, e fez que a felicidade dele transpusesse e contagiasse todos os cantos do mundo, com suas lágrimas em meio ao Hino Nacional... Lágrimas de Ouro essas que a voz embargada permitiu que faltasse a palavra na hora de falar aos repórteres.
O símbolo maior do orgulho de ser brasileiro tem 21 anos e tem a palavra ‘céu’ de maneira subliminar no nome, céu onde está o firmamento, onde para os católicos fica Deus. Céu que é azul, a mesma cor de uma piscina olímpica.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Como se afastar do vício chamado Internet?




É tão bom usar o computador sem ninguém por perto e sem ter nada marcado para o dia seguinte. Ficar conectado é ótimo, mas pra tudo existe um limite. Você já deve ter reparado como é cansativo ficar ligado ao mundo virtual. Tem gente que não percebe o vício e fica o dia inteirinho na frente do computador. Só depois de se desconectar, literalmente, a pessoa começa a se dar conta dos efeitos da máquina em seu corpo.

A facilidade na comunicação, os diversos sites e a inclusão digital oferecem que cada vez mais crianças, jovens e adultos passem mais tempo na frente do computador, ligados na internet. Seja por uma obrigação profissional ou apenas um bate papo descontraído com os amigos em um chat, msn ou site de relacionamentos.

Alguns especialistas defendem que vício em internet é doença. São quatro os componentes principais do problema: Uso excessivo, freqüentemente associado à perda da noção do tempo ou negligência de impulsos básicos; sentimentos de irritação, tensão ou depressão caso o computador esteja inacessível; necessidade de computadores melhores, mais software ou mais horas de uso; e reações negativas como brigas, isolamento social e fadiga ligados ao uso do computador.

No Brasil a internet é a segunda maior mídia mais abrangente do país, só perde para a TV, e é aqui também onde a população passa mais tempo conectado no mundo, em média 23h e 51min, quase um dia inteiro.

Há campanhas nos Estados Unidos pelo “Dia Off-line”, ao menos um dia no mês viciados compulsivos e assumidos em internet dão um jeito de se manter longe da rede. Aqui esse assunto é muito pouco falado, mas na real mesmo temos que ter o bom senso de não nos alienarmos a este meio de comunicação e saber que além do mundo virtual existe uma vida de verdade, além da tela do computador.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Como explicar o inexplicável?


Poderia ser um final de domingo qualquer, como todos os outros são. Poderia ser um início de semana qualquer, como todos os inícios de semana são. Mas não foi! E dessa vez aquilo que poderia ter explicação não teve. Faltam palavras, os sentimentos se confundem e o cérebro não consegue achar uma maneira lógica de explicar o inexplicável.

Os telefones começaram a tocar, a notícia foi chegando e as exclamações de “Isso não é verdade!”, “Tá falando sério?” e “Meu Deus!” foram pronunciadas repetidas vezes até a ‘ficha cair’ e todo mundo entender do que realmente se tratava.

Quem comia largava os talheres em cima do prato e num leve ato, jogando o corpo para trás, parava e pensava no que acabava de ouvir. Quem assistia ao futebol, não acreditava na mesma informação, e num ato desesperado, correu até o carro e se deslocou quilômetro por quilômetro para ver se era verdade. Quem estava de pé, sentou-se. Quem ria de uma piada qualquer junto dos amigos, instantaneamente mudava o semblante. Quem esperava o filho em casa, recebe a mesma ligação, enche os olhos d’água, desliga o telefone, olha pausadamente para o relógio e ali vê o tempo não mais passar.

Talvez tenha sido um minuto de descuido, uma fração de segundo de bobeira, talvez a velocidade acima do permitido. Talvez... Talvez... Talvez... Após aquela primeira ligação, nada mais que venha a ser dito, nada mais que seja periciado, nada que possa ser investigado, absolutamente nada cairá na crença de todos como justificativa.

Maicon, Bruno e Douglas, três jovens, com anseios de jovens, buscando belos momentos de lazer entre amigos em um domingo de sol, como em muitos outros domingos. Porém neste, ao retornarem para casa, infelizmente chocaram duas comunidades do âmbito de convivência familiar e pessoal.

Um fatídico dia que fará todos repensarem sobre muitas coisas, principalmente quão importante é estar ao lado de quem se ama e valorizar cada minuto com esta pessoa.
Este dia não mais será esquecido para quem ouviu o telefone tocar, viu o tempo parar, e deixou a lágrima rolar.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Ser repórter é estado de espírito. Ser jornalista é profissão

Esse pensamento martela a cabeça de muita gente. Na verdade devemos refletir sobre os caminhos dessa profissão que, como muitas, vão do céu ao inferno em poucos segundos. É comum pessoas invejarem jornalistas por sua proximidade com artistas e poderosos de toda sorte, porém as mesmas pessoas são capazes de lhes jogar pedras por desnudarem a vida de famosos e outros nem tanto, as chamadas celebridades instantâneas. Esse é apenas um filão do jornalismo, responsável por picos de vendas de revistas ilustradas ou o ibope de programas sensacionalistas de rádio e TV.
O jornalista pode ter múltiplas funções – editor, redator, diagramador –, que vão ganhando novos nomes ou sendo substituídas na medida em que a tecnologia avança.
O repórter é antes de tudo um cara curioso, até chato. Detalhista, insistente, pentelho mesmo. Não pode desistir diante de um rosto fechado, um segurança carrancudo, um telefone que insiste em dar sinal de ocupado. Precisa ser persuasivo, obstinado, apaixonado. Pronto! Chegamos ao ponto crucial: impossível ser repórter sem gostar do que faz, sem ter vontade de fuçar aquele assunto mais e mais, de checar uma informação nova, buscar o contraponto, atiçar a polêmica.
Repórter que é repórter não teme passar do horário, não rejeita pauta. Parece que isso faz parte de um passado. Lamentavelmente professores afirmam não sintir nos alunos de Jornalismo de hoje a paixão pela reportagem, a maioria está mais preocupada em sobreviver e tem como sonho de consumo um bom emprego numa assessoria de imprensa.
A assessoria de imprensa começou a se disseminar no Brasil na época da ditadura. Era coisa de jornalista velho e/ou acomodado, gente que tinha medo de ir para a rua e cobrir passeata de estudante, de ver o pau comendo. Com o tempo, o papel do assessor mudou. Hoje, muitos deles auxiliam o repórter a encontrar as melhores fontes, sugerem pautas interessantes e, muitas vezes, nos poupam tempo, o que é muito útil para quem tem várias matérias para fazer.
Diante disso, onde fica a paixão, o tesão de reportar, contar o que viu, o que sentiu, botar vida na matéria? Que coisa mais fora de moda... Hoje em dia procura-se ir o mínimo possível para a rua, isso toma tempo, gasta dinheiro da empresa. Para que existe telefone, internet? Ctrl+c, ctrl+v.
As pessoas estão deixando de ler jornal, reclamam. As pessoas não têm tempo, nem saco para ler, sobretudo matérias longas. Ok, você venceu. Mas quem vai descrever, narrar a vida cotidiana para os que vierem depois? Os escritores? Os colunistas? Os blogueiros? Talvez seja isso mesmo e esteja em curso uma revolução na comunicação de massa da qual ainda não nos demos conta.
O verdadeiro repórter não está nos bancos das escolas de comunicação. Na faculdade obtém-se apenas mais um diploma, que vai garantir melhores salários quando se conseguir passar num bom concurso público. O repórter de boa cepa está em seu apartamento filmando armações de traficantes.
Ser jornalista é uma profissão nobre ou não, como qualquer outra, dependendo do uso que se faz dela, da ética de cada um. Ser repórter é estado de espírito, é pedreira, é escolher o caminho mais difícil pelo simples prazer da aventura. Que o diga o finado Tim Lopes, um dos repórteres mais valentes da geração dos anos 70.

Autor Desconhecido
Homenagem do Grupo Sobral ao Dia do Repórter (Fevereiro 2007)

Resposta aos Brasileiros

Não foi uma, nem duas, nem três vezes, que você se indignou com as notícias, de corrupção, lavagem de dinheiro, desvio de verbas e etc. Assim como não uma, nem duas, nem três vezes que você se emocionou com as notícias de mortes de jovens por balas perdidas, criança arrastada até a morte por bandidos, jovens com armas nas mãos, ou traficando em favelas.
A cada eleição ouvimos baboseiras e promessas de que o Brasil vai mudar, que a violência vai acabar, que tudo tem uma solução. Certo que muito está sendo feito, mas não é 5% do total do que se há para fazer. Procuramos respostas, cada vez mais difíceis para situações cada vez mais comuns, explicações para coisas cada vez mais inexplicáveis, e procuramos esperança em algo que nunca desistimos de crer, um país justo e digno para todos.
Um país tão grande é difícil mesmo de ser administrado. Mas mais difícil ainda é aceitar que possuímos a maior taxa de juros do mundo. É difícil saber que no Iraque, em plena Guerra, morrem 40 pessoas por dia, e no Brasil, fora os casos de saúde e acidentes de trânsito morrem mais de 80 brasileiros por dia, vítimas de homicídio, balas perdidas, assaltos e por ai vai. É difícil saber que um político corrupto é reeleito. É difícil saber que ministros, desembargadores, advogados, homens responsáveis pela justiça estão sendo subordinados no Rio de Janeiro para dizer Amém, a lavagem de dinheiro.
Você sabe por que deputados votam aumentos salariais, com porcentagens inexplicáveis, ultrapassando cifras de 40 salários mínimos? E você sabe por que professores responsáveis pela educação, responsáveis pela formação ética, social e moral de um futuro homem recebem de um a quatro, cinco salários mínimos?
Simples a educação no Brasil, é desvalorizada, agora que o país está acordando e vendo que somente investindo na educação é que se soluciona a maioria dos problemas do país. O sistema brasileiro está baseado na educação. Quem tem estudo tem melhores oportunidades de emprego, quem tem emprego tem dinheiro para sustentar a família, tem uma moradia, quem tem uma família unida tem melhor qualidade vida.
Quem tem a cabeça ocupada com o estudo, ou qualquer outra atividade, não se marginaliza. O crime até poder ser organizado, mas se a política fosse organizada, e feita em favorecimento daqueles que mais precisam, o Brasil hoje poderia ser outro.
Essa é a resposta brasileiros e brasileiras para que um dia vejamos um Brasil desenvolvido de verdade, justo, sem desigualdade, com oportunidades para todos, com ética e moral. Lembre-se sempre a educação é o princípio de tudo!

Coluna Joel Maraschin 2007

Um país de idéias erradas

Foi-se o tempo em que você ia ao mercado pela manhã e encontrava produtos por um preço e no mesmo horário no dia seguinte, estava exorbitantemente acima do que você tinha comprado antes, tudo devido à inflação.
Sob uma nova moeda o Brasil viu este fantasma esquecido, estagnado. E com uma sucessiva política de acertos o país voltou a crescer, e se tornar uma nação emergente. Hoje estamos entre as 15 maiores economias do mundo, somos o 5º país em território e temos a 3ª maior cidade do mundo São Paulo.
No cenário atual, nossa moeda está cada vez mais sendo valorizada sobre o Dólar, um fator prejudicial aos exportadores, mas de extrema importância para os importadores, a tecnologia se torna mais barata e uma variedade de coisas que antes era impossível para muita gente agora é real.
Segundo pesquisas recentes diminuiu-se o número de pessoas que vivem a baixo da linha da pobreza em menos de 10 anos. Cada vez mais os índices econômicos mostram dia-a-dia que o país está em imponente ascensão.
Mas ainda temos a corrupção que apodrece nossa democracia, temos o tráfico que a polícia não consegue controlar e temos agora mais do que nunca a falta de investimento na estrutura principal para o desenvolvimento do país... Os transportes.
São erros e mais erros ao longo de anos, antes o transporte fluvial era a principal maneira dos colonizadores irem desbravarem fronteiras e fundarem diversas cidades no interior do território brasileiro. Abandonou-se este meio para se investir uma barbaridade na malha ferroviária pelos idos do século XIX e até a metade XX, não só para transportar pessoas os trens eram responsáveis pelo escoamento da produção agrícola e industrial do Brasil, onde também foi deixado de lado para as rodovias serem a bola da vez.
Como é de se imaginar, a falta de manutenção levou a União a conceder trechos a concessionárias para poder dar maiores cuidados ao que hoje ainda é o meio de transporte mais usado para passageiros e para o escoamento da produção. O que restou das rodovias pertencentes ao domínio público estão num verdadeiro fiasco.
Em um mundo globalizado a atração do momento tornou-se então os aeroportos, afinal Nova York não fica logo ali, Pequim também não... E adivinhe o que está acontecendo agora... Uma crise aérea!!!
Ninguém mais vai de navio de Porto Alegre a São Paulo, ou de trem de Uruguaiana a Chapecó, quem vai se arriscar a ir de carro de Butiá para Curitiba, com o preço da gasolina e as más condições da estrada, asfalto, sinalização, sem falar no horror dos preços dos pedágios. Simples vamos de avião!!!
Íamos seria o tempo verbal correto de se usar. Pois, depois de dois acidentes aéreos em menos de 10 meses com mais de 350 vítimas no total, controladores de vôo cansados, estressados, de greve, falhas nos Cindactas, pistas de pouso que não dão sustentabilidade as aeronaves, Overbookink’s (passagens vendidas a mais do que os lugares dos aviões)... Uma bagunça total, quem viaja de avião é por extrema necessidade ou está dando muita “sorte” para o azar.
Fraudes estão sendo investigadas na Infraero, até mesmo desvio de verbas de aeroportos para o MST, a Revista Veja já investigou e publicou. E quem paga por isso? 350 mortos?
A Empresa Aracruz celulose já anunciou até 2011, que todo seu transporte de madeiras será feito por hidrovias, quatro novos portos serão construídos no RS apenas para isso. Agora o que está acontecendo? Será que estamos retrocedendo?
Se estamos mesmo “rebobinando” a gente não sabe, mas se daqui há alguns anos você estiver indo para São Paulo de navio ou de trem, apenas por não achar seguro outros meios de transporte, não se espante... Do jeito que o Brasil anda, não podemos duvidar. Pois aqueles carrinhos voadores que estamos acostumados a ver nos filmes de ficção, não veremos tão cedo.

Editorial Jornal Sobral 2007

A ESPERA DE UM MILAGRE

Essa história é antiga, bem antiga, dos tempos do seu avô pra ser bem sincero. É uma história que chega a ser cansativa de tantos capítulos que tem, são idas e vindas, infinitas. Esse ano sai, não, para o próximo, não de novo, no próximo quem sabe? E ai se vão 15 anos. Alguém sabe do que estamos falando? Chutem!
Para quem respondeu Jacuí I está de parabéns, acertou em cheio a maior incógnita gaúcha das últimas décadas. Milhões de Reais investidos, e até agora nada. O que há de errado alguém sabe explicar? Por que em todo ano que antecede uma eleição, as especulações voltam? Empresas assumem a obra, criam novas expectativas na região, deixam o povo que já é carente de empregos e desenvolvimento por natureza, esperançoso.
Céticos nem acreditam no que ouvem, devido a tantas promessas milagrosas em tantos anos, pois a obra está lá abandonada, mas certos são eles, que não sofrem de um mal chamado politicagem, do verbo enganar, iludir.
Nesta semana foi anunciada a retomada da construção da Fase C da Usina Presidente Médice em Candiota, a Candiota III, como era conhecida desde a década de 80 quando o projeto foi concebido, na mesma época em que foi lançado o projeto da Jacuí I. Em março de 2005 os destaques nos noticiários de toda região e até no estado diziam o seguinte: "As obras da usina termelétrica Jacuí I, em Charqueadas, já têm data marcada pra começar: até o final de junho deste ano (2005). A Região comemora a criação de 3 mil empregos diretos na construção do empreendimento, além de outros 600 permanentes, na operação da usina. O investimento total será de US$ 500 milhões para uma capacidade instalada de 350 Megawatts (MW), com geração de energia programada para 1º de janeiro de 2009.
Respondam caros leitores se não lhes dá um pouquinho de raiva em seus corações ler um “troço” desses. Completando esta indignação, nesta quarta-feira, dia 7, foi divulgada a primeira parcial das empresas habilitadas para o próximo Leilão de Energia Nova, que define os rumos da matriz energética brasileira, ou seja, como serão gerados os próximos Megawatts que abastecerão nossas cidades. Adivinhe? A Jacuí I não está neste leilão, aliás, ninguém sabe como ela conseguiu entrar no leilão passado, pois o prazo já havia vencido, somado a diversos outros problemas até a entrega dos papéis no Ministério de Minas Energia. Tantos empecilhos que só aquele termo citado algumas linhas acima pode explicar: “POLITICAGEM”.
Mas no fim da história a Jacuí I não sai do papel nunca, por causa de um “problema ambiental”, digamos assim. A FEPAM, órgão que licencia, controla, aplica as leis e supervisiona questões de impacto ambiental dentro estado, até hoje, ao que dizem, não liberou a instalação da Jacuí I, por algum risco ambiental que ela pode causar a longo-prazo para nossa região, que já possui outras duas usinas Termelétricas. Apesar de o fato ser este, encontramos na internet um documento que seria a Licença Ambiental com data de 21/12/2001 em nome da então GERASUL, que era responsável pela usina.
Se em 15 anos o problema maior foi a questão ambiental, o que podemos esperar daqui para frente desta usina, se o que só se fala agora é em redução de emissão de gases tóxicos, aquecimento global, efeito estufa, fontes de energias renováveis e não poluidoras? Tirem o cavalinho da chuva os esperançosos de plantão, pois mais do que nunca este setor esteve tão ameaçado, e se os reais motivos para a construção da usina não eram esses, agora mais do que nunca há um prato cheio de desculpas para que ela realmente não venha a funcionar.
A nós, que somos eternos dependentes do carvão e herdeiros viciados desta visão obsoleta de desenvolvimento, só resta ficarmos A Esperar Um Milagre, para quem sabe um dia vermos esta tão sonhada usina, funcionando.

Mais um na multidão


O Natal estava chegando, e ainda faltavam alguns presentes para minha lista, devido a variedade e o baixo preço, resolvi compra o que faltava no centro de Porto Alegre. Mal sabia eu do que me esperava. 14h e 10 minutos eu estava saindo da passarela no sentido centro quando de repente levei um chute nas pernas, ao olhar para trás, não vi nada, pois era muita gente indo e vindo, quando voltei meu olhar para frente só senti aquele esbarrão e a voz dizendo “Passa a grana magrão... passa a grana!!!”, tentei ir para trás e recebei mais um esbarrão de outro cara, dei uma rápida olhada na volta e me dei por conta, era um assalto, eu era apenas mais um na multidão, e estava sendo assaltado.

Por anos fui a Porto Alegre sozinho e nunca imaginei que aconteceria comigo, aliás, agente sempre pensa que com agente não vai acontecer, e o pior que um dia acontece, porque não estamos livres de nada.

Ao ser abordado minha primeira resposta foi “Não tenho nada cara”, ele mais esperto e mais preparado que eu, sacou o revólver encostou nas minhas costas e disse “Eu sei que tu tem magrão, passa a grana duma veiz”, apenas com R$ 5 reais no bolso, troco da passagem entreguei pra ele, na hora me respondeu “Quero mais, quero mais”, e começou a revistar meus bolsos até achar a carteira, pedi encarecidamente para que não levasse meus documentos, a gana dele era tanta por dinheiro que me olhou e disse “Não quero documento eu quero é grana, passa, passa, passa”, assim ele abriu minha carteira e achou R$ 20 reais lá.

Não bastando isso diz “Cadê o celular mano, passa o celular”, eu na hora respondi “Não tenho celular” ele engatilhou o revolver e me respondeu “Eu sei q tu tem cara me passa duma veiz”, seu amigo que estava atrás de mim me dizia toda hora “Passa pra ele maluco se não te dou um soco e tu morre aqui mesmo”. Quando o vi engatilhando a arama, me passou de forma rápida um filme da minha vida em minha cabeça, ao mesmo tempo em que tirava o celular do bolso e entregava pra ele, de uma forma que me dava raiva, ele por sua vez pegou o celular analisando e desmontando as peças e entregando para o seu amigo.

Ainda com a arma nas minhas costas ele disse ”Entra naquele ônibus ali se não tu já sabe o que te acontece” dei um passo a frente e ele retrucou “Nesse não, no ônibus de trás”, com a graça de Deus era a lotação que passa próximo a fábrica da minha namorada, cheguei lê uns 15 minutos após o assalto, um tanto que assustado.
Foram os 30 ou 40 segundos que mais demoraram para passar na minha vida, e os mais apavorantes. A hora era inadequada, o fluxo de gente também era anormal, fugindo dos padrões de assaltos que lemos em jornais ou vemos na tv em ruas com pouca gente, cedo da manhã ou quase anoitecendo.

Sei que lá estava eu, mais um no meio da multidão, mais uma vítima da violência urbana. Se pudesse fazer apenas um singelo pedido aos futuros governantes deste estado e do país, seria para que fosse investido mais em segurança e em educação. É somente investindo em segurança que se bane a violência e se pune os homens de hoje, e só com investimento em educação, é que não será necessário punir os homens de amanhã.

Coluna de Joel Maraschin, Dezembro 2006

Vende-se! Você pode comprar?

Vende-se um veículo, não é muito novo, nem um 2.0 de série, com freios a disco nas quatro rodas, ar condicionado, quatro portas e rodas de liga leve. Vende-se um veículo conhecido de muitos butiaenses, que já roda a 27 anos de cidade em cidade da região, e até mesmo de fora da região.
Não é um carro de som, mas através deste veículo muitos ouvem o que passa pela cidade, não é um panfletinho, mas muitos ali lêem as noticias de nossa região. É um veículo diferente, um veículo que tem tradição e prestígio na comunidade, diariamente o povo usa ele para reclamar, agradecer, homenagear, se informar e até mesmo namorar.
Para muitos a decisão parece ser precipitada, mas não queiram dirigir este veículo para saber exatamente o que se passa por trás de cada palavra escrita ou dita, e as pressões que se sofre no dia-a-dia.
É impossível agradar gregos e troianos... o ditado já diz, mas não podemos ficar calados por aquilo que nem sempre está certo. Erramos, erramos sim, mas quem não erra, a perfeição é uma busca que até hoje ninguém alcançou. Certa vez um professor me disse, “você pode fazer tudo perfeito na vida toda, ser considerado o certinho pelos amigos mas com apenas um erro sua imagem mudará e esse é o maior erro do ser humano”. Sabias palavras deste professor mostram quão ingrato este “poder” está a agir. Nunca um apoio foi negado aos “poderosos”, estivemos sempre a disposição dando uma caroninha em nosso veículo e de repente tomamos uma facada pelas costas.
Desse jeito nenhum motorista agüenta dirigir por muito tempo, em uma estrada esburacada em que os carros andam em contra mão querendo bater em você e te destruir a todo pano.
Bom... como este veículo não está mais satisfazendo mais os serviços de alguns que gostavam de pegar uma caroninha colocamos à venda.
O preço do veiculo é bom, o ano é 79, mas em 2003 ganhou novo fôlego, o motor a pouco foi reformado, por dentro do veículo é um luxo, os equipamentos foram trocados também a pouco. Procure por toda a região e você não vai encontrar igual. Estamos à venda, você pode compra...

Editorial do Jornal Sobral 2005

A Dor do Adeus


A vida sempre foi um mistério para toda a humanidade. De onde viemos? Para onde vamos? Perguntas como essas não se calam, mas a eternidade, essa sim, nos intriga de verdade. Saber que aquele tchau que você deu a uma pessoa é o último, que você nunca mais tornará a ver aquela pessoa, é desesperador.


Professor Victor Hugo como o chamávamos foi o idealizador da volta deste semanário, o precursor da luta pela noticia de qualidade e de modo íntegro, já havia lutado por uma cidade melhor, e desta vez queria que a população soubesse por inteira de tudo que estava acontecendo no município e ajudassem a melhorar cada vez mais está tão querida cidade, a qual ele adorava tanto.


Aprendemos muito com ele, eu particularmente muito mais, pois com seu jeito calmo, sabia aproveitar de um momento para dar uma lição de vida. É assim era em todos os momentos, a cada reportagem que íamos fazer, era um aprendizado pessoal e intelectual meu.


A cada piada, a cada momento sério o professor tentava em tudo ser e fazer o melhor, para ele não existia trabalhos arrematados ou era bem feito, ou então nem se fazia. Idealizou o programa “Café das Quatro” voltado para a “gurizada” como ele mesmo dizia, sempre que ele participava se divertia, e fazia com que o ouvinte e nós que ali estávamos se divertissem. Quanto


Um grande homem ele foi, o silêncio imperava seu coração quando ficava brabo e o sorriso de uma forma tão natural nos contagiava nos momentos de felicidade.


Mas Deus, com toda sua sabedoria, sabe o que destina e planeja para todos os seres e infelizmente o momento dele era esse, talvez cansado de sofrer e lutar por mais um dia de vida. A ti meu grande amigo e colega, onde muitas vezes conversava, idealizava projetos e desabafava coisas tão importantes, espero que tu não desistas da tua luta por um mundo justo e melhor, ao lado do “Patrão Velho”.


Sempre que olhamos para o céu, vemos estrelas que brilham e cometas que passam. Com certeza a presença do Professor Victor Hugo ficará marcada em nossas vidas como uma estrela, que sempre estará lá em cima brilhando e guiando a todos nós. Amigo a dor do adeus é horrível, mas a felicidade do reencontro supera qualquer outro sentimento.


Editorial Jornal Sobral 2005