sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Uma Guerra Idealista


As características fundamentais de uma sociedade e dos
homens e mulheres que a compõe, é invariavelmente conseqüência
de uma história. Não é diferente aqui no garrão do Brasil,
onde a história é contada a partir dos seus habitantes. O gaúcho
que surgiu a partir do início do século XVII é o resultado de uma
mescla de raças e etnias que ocuparam a pampa do extremo sul
da América, abrangendo o que hoje conhecemos como Rio Grande
do Sul, Uruguai e Argentina. Os índios primeiros habitantes,
os espanhóis, portugueses e negros que aqui se estabeleceram,
alguns por vontade própria, mas a maioria forçada pelas circunstâncias
históricas que vivenciou. Depois vieram os alemães,
os italianos os poloneses e pequenos grupos de outras partes do
mundo. Do cruzamento destas raças, temperadas pelo frio, pelo
minuano, pelo espaço generoso e sem cerceamentos, pela lida
com o cavalo e com o gado, surge um tipo humano sedento por
liberdade e extremamente apegado a sua terra.

Não podemos desconhecer que encontramos aqui e acolá,
historiadores ou “palpiteiros” que procuram descrever o gaúcho
como um marginal, um homem sem escrúpulos, machista,
ladrão, contrabandista, e assim por diante. Esquecem que o homem
é, e sempre foi, um elemento do seu meio e do seu tempo.
Rude, forte, às vezes bandido, mas sempre livre, era o Gaudério.
Aquele homem deve ser compreendido e estudado a partir dos
conceitos morais e da ética vigente à sua época. Querer julgá-lo
hoje, com os padrões sociais e éticos da sociedade contemporânea
é descabido.

No Rio Grande do Sul, território disputado por Portugal e
Espanha, o Gaúcho adquire algumas características próprias,
desenvolvendo um gosto muito apurado pela aventura e pelas
escaramuças bélicas. O Estado foi por muito tempo, tanto por
necessidade quanto pelo gosto, um grande quartel. Do dia para
a noite as fazendas se transformavam em quartéis e os peões em
soldados. Bastava um toque de clarim para transformar a
peonada em companhia ou batalhão. O objetivo era quase sempre
o mesmo: garantir que o território não fosse dominado pelos
castelhanos. Em 1835 o processo foi outro. Os sul-rio-grandenses
se rebelaram contra os Portugueses. Contra a tirania política e
econômica do Império Brasileiro que tratava a província com
desdém.

No início era uma manifestação de inconformidade, uma
exigência de melhor tratamento, depois, com a intransigência
imperial, se transformou numa tentativa de autonomia. A idéia
de República fervilhava entre os farroupilhas. O desejo de autodeterminação
era notório. No entanto, havia como sempre houve,
um sentimento superior: o sentimento de brasilidade. A República
Rio-Grandense foi proclamada e durou mais de oito anos,
o que não impediu à assinatura da Paz que reforçou a brasilidade
do gaúcho.

Muitos dizem que comemoramos no dia 20 de setembro “uma
guerra perdida”, na realidade dia 20, além de ser o dia do Gaúcho,
é o dia em que comemoramos o nosso idealismo, o nosso
bairrismo, que nos caracteriza como ícones da história brasileira
e do tipo de formação da sociedade sul-rio-grandense.Não devemos
negar ou nos envergonhar disso, assim como precisamos
reconhecer que o povo gaúcho é o mais politizado entre os brasileiros,
como é, possivelmente, o mais persistente e aventureiro.

Existe idade ideal para marcar o corpo


Tatuagem já é polêmica por si só, mas quando envolve jovens menores de idade a discussão vai além. Depois que saiu a lei que exige autorização dos pais para quem tem menos de 18 anos se tatuar, muita coisa mudou. Enquanto uns agradecem a medida, outros – geralmente os jovens proibidos – acham um absurdo. Para saber o que a galera está achando desta situação conversamos com várias pessoas e um profissional da tatuagem. Confira o que eles pensam.

Muito mais que a moda, muitos jovens querem mesmo é poder deixar marcado no corpo algo que realmente gostem. Estefani Gomes de Souza, 12 anos ainda não tem nehuma, mas tem muita vontade de ter, mas de antemão já avisa: “Tenho certeza que meus pais não concordariam”.
Já na contramão Leonardo também de 12 anos, afirma que seus pais não têm nada contra tatuagens, mas contra piercings sim. Mas ele quer os dois “Acho legal, quero no futuro fazer uma tatoo e colocar um piercing”.

Quem entende do assunto explica

O tatuador Gilvan do Studio Arte Mundo de Butiá trabalha a sete anos no ramo, possui seis tatuagens e afirma ter feito a primeira quando já era maior de idade.
Ele ressalva à importância dos pais educarem bem os filhos sobre o que é uma tatuagem, não só descriminar, pra que se realmente for feito algum desenho seja bem pensado e não haja arrependimentos depois.
Quanto a Lei, Gilvan diz que ela dá um limite aos menores, tatuar o corpo é algo muito sério. No seu Studio, menores só são tatuados com a presença do responsável portando documento de identidade para comprovar seu parentesco.
Mas no geral, seus clientes são a maioria adultos e há pouca procura de menores segundo ele.

O que diz a lei

Fica proibida a realização da prática de tatuagem e de “piercing” em crianças de 0 (zero) a 12 (doze) anos e em adolescentes, sem a devida autorização dos pais ou responsáveis legais, assim considerados nos termos da legislação em vigor. Lei Nº 10.169.

No Estado de São Paulo, Rio de Janeiro e Alagoas está proibido por lei menores de 18 anos de fazerem tatuagem e piercing mesmo com a presença e autorização dos pais. A punição é uma multa e o fechamento definitivo do estabelecimento. Lei estadual SP 9.828/97. Lei estadual RJ 4388/06. Lei Estadual AL 5.765/07.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Os jovens estão perdendo o gosto pelo tradicionalismo?


Barbosa Lessa, um dos precurssores do tradicionalismo, com sua visão holística inigualável entre os tradicionalistas, afirmava, já em 1954, que para a garantia de futuro era necessário dar especial atenção à participação dos jovens.
O Movimento Tradicionalista Gaúcho – MTG - volta cada vez mais suas atividades para tentar atrair um número maior de jovens para que participem dos CTG’s, levem pais, irmãos, tios, primos para dentro da entidade e façam com que a hereditariedade do sentimento em ser gaúcho continue.

É o Entrevero de Peões e Guris farroupilha, que coloca corajosos jovens que se dispuseram a participar de uma maratona de provas, procurando demonstrar seus conhecimentos teóricos, suas habilidades artísticas e sua destreza na lida com o cavalo. Também a Ciranda de Prendas que possui objetivos parecidos, o Enart que propicia um espaço de participação qualificada aos jovens tradicionalistas, num processo de revitalização indispensável ao tradicionalismo organizado e até a própria Fecars com as novas modalidades campeiras envolvendo piazitos.
Mas ainda sim com os passar dos anos é cada vez mais difícil brigar, dividir espaço com as ‘tendências’ importadas do mundo globalizado, que alienam os jovens e o sugam para fora desta raiz cultural.

Os CTG’s vêm cumprindo seu papel, proporcionando aos que gostam de cultivar as nossas tradições, invernadas de dança, invernadas campeiras e esportivas. Só falta àqueles que tem curiosidade, que tem vontade de participar, ter um pouco de atitude e ir conferir de perto e se tornar mais um soldado e defesa do nosso Rio Grande.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A SEMANA FARROUPILHA



Os festejos farroupilhas, realizados ininterruptamente desde 1947, quando foi levada a cabo a primeira “Ronda Gaúcha”, no Departamento de Tradições do Colégio Julio de Castilhos, representam muito mais do que a simples reminiscência dos fatos que marcaram a historia do Rio Grande do Sul durante o decênio heróico. Os festejos farroupilhas, mais conhecidos como Semana Farroupilha, se constituem num culto ao Rio Grande, sua historia, sua gente, seus valores, suas crenças, enfim, sua cultura.

Por obra da Assembléia Legislativa, cujo presidente era o Deputado Solano Borges, a Semana Farroupilha foi instituída oficialmente no ano de 1964 (Lei n° 4.850 ), na qual fio definida a composição da Comissão responsável pelo planejamento, orientação e execução. O Movimento Tradicionalista Gaúcho faz parte dessa comissão como única instituição privada. Os demais integrantes são órgãos de governo.

Por conta da lei e da historia do próprio MTG, é fundamental que cada Região Tradicionalista e cada Entidade filiada esteja engajada e seja a protagonista nos festejos farroupilhas.


A Semana Farroupilha, que iniciou com o acendimento da Chama Crioula em agosto e que se encerra no dia 20 de setembro, é um evento da sociedade gaúcha. Ela não pertence ao MTG, ao Governo do Estado nem às Prefeituras Municipais, mas os tradicionalistas, pelo conhecimento que tem, pelo engajamento na causa do gauchismo, pela atividade permanente em prol da cultura e da historia gaúcha, tem participação necessária e merecida nas comissões organizadoras. Ocupar o espaço que nos pertence de direito é um dever. Fazê-lo de forma exemplar e um compromisso.

A realização do Desfile Farroupilha do Acampamento Farroupilha na capital, é a real demonstração de todo amor que o povo tem pelo nosso Rio Gradne do Sul, e os símbolos maiores da maior festa popular do nosso Estado.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Vamos aos cálculos


Você diversas vezes já deve ter pensado: Como é que um vereador é eleito? Sim, porque fazer o maior número de votos não significa que o candidato será eleito. Tudo depende do número proporcional de votos dados ao partido ou coligações.

Funciona assim...

As vagas na Câmara são ocupadas pelos candidatos mais votados de cada legenda (não quer dizer que os mais votados do pleito serão eleitos, pois dependem dos votos dados ao partido ou coligação). Para saber o número de eleitos por partido é necessário ser feita uma série de cálculos. Assim, é a matemática que dita às regras nas eleições.

1+1=2

Para conseguir uma cadeira no Legislativo, é necessário que partidos e coligações atinjam o quociente eleitoral. O quociente é um número obtido dividindo o número de votos válidos (os que são dados a candidatos ou penas na legenda, excluindo os votos brancos e nulos), pelo número de vagas da Câmara Municipal de Vereadores.

Como foi em 2004

Nas últimas eleições municipais Butiá registrou 13.008 votos válidos. Esse número dividido pelas 9 vagas dá 1.445. Desta forma para eleger um vereador, o partido ou a coligação teve que conseguir no mínimo essa quantidade de votos. Em 2004, todos os partidos e coligações de Butiá conseguiram ao menos uma vaga na Câmara de Vereadores, pois ultrapassam o quociente eleitoral (1.445 votos).

Cadeiras por partidos

Após saber quem tem direto ou não a uma vaga, um novo cálculo é feito para definir quantos vereadores cada partido ou coligação podem colocar. Desta vez, divide-se o número de votos obtidos pelo partido ou coligação pelo quociente eleitoral. No caso do PDT em 2004 seria 1.770 (votos válidos), divididos por 1.445 (quociente), que resulta e 1,22, apenas uma vaga. Já a coligação PTB-PSDB obteve 3.725, que resulta em 2,5, proporcionando duas vagas na Câmara.

E se sobrar vaga?

Se depois de todos esses cálculos com os partidos e as coligações ainda sobrarem vagas, a Justiça Eleitoral faz novas contas para dividir proporcionalmente as últimas cadeiras. Foi o aconteceu em Butiá em 2004, oito vagas foram preenchidas, dentro da proporcionalidade. Sobrando uma, que após os novos cálculos, foi dada ao PTB.

Muito mais que promessas

O povo está fadado de uma política moratória, cheia de promessas irrelevantes, de crenças esperançosas e inalcançáveis. O povo que mais que isso. Muito mais.
É a boa educação para o filho, é o bom emprego para o pai, é a certeza de saber que ao não se sentir bem e ir ao posto de saúde ou a hospital serão bem atendidos, medicados e voltarão para casa sem preocupação.

Butiá até então é uma cidade tranqüila em questões de segurança, então para isso só manter o trabalho atual desenvolvido e ampliá-lo aos poucos. Isso já é uma grande coisa. Como, por exemplo, a cavalaria montada, implantada esta semana, que já é um primeiro passo.

Os mais necessitados precisam de atenção, de programas de auxílio psicológico, financeiro, estrutural. A assistência social vai mais que um atendimento em gabinete, é uma parceria com outras as secretarias para ver se nas áreas mais carentes há ou não valetas com esgoto correndo na frente do pátio onde as crianças brincam. Ver se o local onde moram acomoda toda família, se não está caindo aos pedaços e se chover estarão mais seguros dentro da casa do que na rua.
É todo um sistema onde nada pode dar errado, se uma engrenagem não funcionar a “Máquina Pública” pára e ela parando nossas vidas param também. Por isso a importância de cada voto ser dado conscientemente.

São os quatro que anos que poderão mudar ou não a sua vida, por isso queremos muito mais do que promessas, muito mais que conversa fiada, apertos de mãos, tapinhas nas costas e beijo em crianças, muito mais que blá-blá-blás... ti-ti-tis... Queremos é a ação!

O candidato promete que vai fazer mundos e fundos? Quando ele chegar à sua casa com aquela lábia para pedir voto, indague-o. “Ah então o senhor promete fazer isso? Como o vai ser feito? De que jeito? Com qual verba?”
Esse é o nosso papel de cidadão. Além de dar o voto saber em quem está votando e se esse voto realmente vai valer à pena.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Amanhã... Apaixone-se!

Pra muitos sim, pra muitos não...
O texto de Clarice Lispector, diz tudo e dele
foi feita uma peça publicitária por um estúdio paulista...

Tornando-se recomendável a todo mundo que acredita ou não...



Amanhã... Apaixone-se!

Porque o dia seguinte é o dia mais importante da sua vida.
É no dia seguinte que sabemos se o dia de ontem valeu a pena.
É no dia seguinte que acordamos para a realidade ou dormimos no sonho.
A vida da gente começa no dia seguinte e só existe uma maneira de viver: APAIXONADO.

Por isto dance, dance como se ninguém estivesse vendo você,
Trabalhe como se não precisasse de dinheiro,
Corra como se não houvesse a chegada,
Ame como se nunca tivesse sido magoado antes,

Acredite como se não houvesse frustração,
Grite como se ninguém estivesse ouvindo,
Beije como se fosse eterno,
Sorria como se não existissem lágrimas,

Abrace como se fossem todos amigos,
Durma como se não houvesse amanhã,
Crie como se não existisse crítica,
Vá como se não precisasse voltar,

Acorde como se você nunca mais fosse dormir de novo,
Faça a próxima viagem como se fosse a última,
Vista-se como se não conhecesse espelhos,
Proponha como se não existissem as recusas,

Brinque como se não tivesse crescido,
Levante como se não tivesse caído,
Case como se não houvesse outra,
Mergulhe como se não houvesse medo,

Ouça como se não existisse o certo ou errado,
Fale como se não existisse o certo ou errado,
Aprecie como se fosse eterno,
Viva como se não houvesse fim.

Prefira ser invés de ter, Sentir invés de fingir, Andar invés de parar, Ver invés de esconder,
Abrir invés de fechar.

Apaixonar-se é um exercício de jardinagem: arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, espere, regue e cuide. Terá um jardim. Mas esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excesso de chuvas. Se desistir, não terá um jardim. Terá um descampado.

A paixão não se vê, não se guarda, não se prende, não se controla, não se compra, não se vende, não se fabrica.
A paixão é a diferença entre o sucesso e o fracasso.
Entre a dúvida e a certeza.

Entre aqueles que gostam do que fazem e aqueles que fazem o que gostam.
Apaixonados não esperam, agem.
A paixão é o que faz coisas iguais serem diferentes.

Lembre-se que a arca de noé foi construída por apaixonados que nada conheciam de navegação e de embarcação e o Titanic foi feito por engenheiros profissionais, fabulosos, que queriam mostrar seu poder.

Amanhã, quando acordar, pense se hoje valeu a pena e APAIXONE-SE. Porque em 24 horas você vai entrar no dia mais importante da sua vida: o dia seguinte.