terça-feira, 26 de agosto de 2008

A Terra pede socorro. Você pode ajudar?


O aquecimento global é provavelmente hoje a maior ameaça à vida. Devido à atividade humana o clima da terra esta em rápida transformação. O ano de 1998 foi o mais quente da década, a última década do século XX foi a mais quente já registrada neste século e o século XX foi o mais quente do milênio. Será que a humanidade tem hoje recursos tecnológicos para resolver esta situação, mais terá vontade política?

É Justamente neste ponto que Nós Todos podemos ajudar. Proteger o planeta é a onda do momento. Sustentabilidade é a palavra-chave. Além de essa atitude ecológica ser moderna, garante às gerações futuras um mundo melhor. Ai vão algumas dicas para que possamos gerir melhor a nossa vida cuidando bem do nosso planeta e dos meios de energia.

Se for cozinhar, tampe suas panelas, e use sempre o fogo mínimo. O tempo para cozinhar não tem nada a ver com o tamanho da chama.

Compre um ventilador de teto. Nem sempre faz calor suficiente para se ligar um ar condicionado, além de economizar 90% de energia.

Use pilhas e baterias recarregáveis. São caras, mas podem ser recarregadas mais de mil vezes, você economiza energia e grana.
Troque lâmpadas incandescentes por fluorescentes. As fluorescentes gastam 60% menos energia que uma incandescente.

Compre papel reciclado.
Produzir papel reciclado consome de 70 a 90% menos energia do que o papel comum, e poupa nossas florestas.

Plante uma árvore.
Uma árvore absorve uma tonelada de gás carbônico durante sua vida. Plante árvores no seu jardim

Ande menos de carro. Use menos o carro, saia a pé ou de ônibus Se você deixar o carro em casa 2 vezes por semana, deixará de emitir 700 quilos de poluentes por ano.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Um Pleito Memorável


Em 2008 Butiá vive a eleição que poderá entrar para história de sua comuna. Sérgio Malta busca quebrar o paradigma da inédita reeleição a Prefeito, jamais conseguida em todos os 45 de história pós-emancipação de Butiá. Somente Ruy Saraiva, Rubens Carvalho e Ademir Garcia Mendes conseguiram voltar ao mandato maior do executivo municipal, após o intervalo de uma ou duas legislaturas.

E é isso que busca Fernando Lopes, que após 4 anos afastado do da Prefeitura Municipal, busca voltar a comandar a cidade ao lado de Irani Medeiros, que também, se eleita, será a primeira mulher a estar no Poder Executivo da cidade.

O candidato Gilberto Félix, está na disputa pela primeira vez, após dois anos consecutivo sendo o vereador eleito com mais votos na cidade, chegando a ser o mais bem votado da história com quase mil votos em 2004. Seu vice, Mauricinho, aproveita também da boa fase política de 2006 quando concorreu a Deputado Federal, chegando aos quase 4 mil votos.

Na contra mão desses políticos de carreira aparece Luciana Carreiro, sempre lembrada por suas lutas idealistas ao lado do mega-fone. A candidata segue os ideais de Heloísa Helena e Lucina Genro, lutando por um voto de “mudança”.
Fernando e Gilberto investem em campanhas estratégias e bem elaboradas com calendários eleitorais divididas por bairros, onde os candidatos concentram visitas e comícios à comunidade. Malta lançou sua candidatura de maneira modesta e seu primeiro comício acontecerá neste final de semana. Luciana recorre à campanha boca-a-boca, sua fama comunitária em seu bairro e de seu horário eleitoral na rádio.

No geral ambos também investem em santinhos e banners de alta qualidade, assim como em jingles rodando diariamente em carros-de-som e veículos adesivados.
Os butiaenses estão atenciosos e apreensivos com a eleição que começa a esquentar e decidirá os rumos da cidade para os próximos anos. Emprego, Saúde, Educação, Cultura e Meio Ambiente são os temas mais discutidos entre os candidatos e que o Jornal Sobral vem selecionando nas últimas semanas, de acordo com as entrevistas realizadas da Rádio Sobral.

Um candidato tenta quebrar um mito, outro seguir a regra, há o que tenta o cargo inédito e aquela que tentar fazer uma revolução nos pensamentos da cidade.
O certo mesmo é que a democracia será feita, o candidato que mais esclarecer a população sobre suas propostas e o trabalho que virá a executar na cidade, ganhará a confiança do eleitor e consecutivamente o voto.

Reclamar depois que nada está sendo feito é muito fácil, mas analisar o voto antes de ser dado muita gente não lembra. Por isso devemos estar atentos e analisar quanto vale o poder de um voto, pois ao apertarmos no “Confirma” estamos dando uma procuração a uma pessoa para estar dentro da Câmara de Vereadores representando cada um dos 20 mil habitantes de Butiá e dando o poder de escolha a eles sobre o nosso futuro.

Na próxima quarta-feira, dia 27, a partir das 20h você pode acompanhar pela Rádio Sobral os debates dos candidatos a Vice-Prefeito e no sábado dia 30, a partir das 17h, o debate dos candidatos a Prefeito.

Ouça bem as propostas. Análise e escolha certo seu candidato!

Lágrimas de Ouro


Quem nunca teve um objetivo? Um sonho? Um desejo próximo do impossível de ser realizado? Houve quem te chamasse de louco, quem tentou te desanimar dizendo que seria só mais uma tentativa inóspita. Mas houve quem estava lá do seu lado, dia-a-dia, não deixando você desistir, te incentivando, te motivando e crendo.

Não existe nada impossível, com trabalho, dedicação e muita vontade. Até podem existir barreiras difíceis, mas nenhuma é intransponível e essa luta física mostra o real barato da vida.

Na Olimpíada de Pequim, podemos ver rosto a rosto dos atletas, a cada prova disputada, a cada classificatória, a cada eliminatória, a cada final a vontade de vencer estampada em letras garrafais “Eu quero ser campeão”.

O objetivo traçado por cada um, o sonho, a garra tudo fala mais alto naqueles segundo em que o momento é só deles. A terra poderia parar de girar, e eles continuarem lá, na batalha pessoal contra o tempo e contra o próprio limite do corpo para fazer o melhor.

O americano Michael Phelps, é atualmente símbolo disso, é exemplo a qualquer um que queira conquistar algo, seja atleta ou não. Ele sozinho, se fosse um país, hoje estaria entre os dez primeiros no quadro de medalhas. Um recordista, que nem a física consegue explicar o que ele faz dentro das piscinas. Uma vitória por um centésimo de segundo, como foi a do seu último ouro, realmente é difícil de explicar, mas para nós simples humanos. Para ele que ultrapassou esse ‘estado de espírito’ é barbada.

Quem viu a russa Yelena Isinbayeva também sabe que ela não fica pra trás pulando seus 5,05m também quebrando recordes atrás de recordes. Além de diversos outros ‘monstros‘ dessa olimpíada que pra sempre serão lembrados na história.
Mas quem não podemos esquecer é do cara que fez muitos brasileiros se emocionarem e até chorarem com a sua vitória. César Cielo, a primeira medalha de ouro do Brasil nesta Olimpíada, a primeira medalha de ouro dele em competições olímpicas, a primeira medalha do Brasil na natação. Quebrou o recorde mundial na fase classificatória, outro atleta bateu o recorde dele. Não bastando, ele tornou a quebrar o recorde mais uma vez.

Cielo se tornou o homem mais rápido do mundo nos 50m livre, e fez que a felicidade dele transpusesse e contagiasse todos os cantos do mundo, com suas lágrimas em meio ao Hino Nacional... Lágrimas de Ouro essas que a voz embargada permitiu que faltasse a palavra na hora de falar aos repórteres.
O símbolo maior do orgulho de ser brasileiro tem 21 anos e tem a palavra ‘céu’ de maneira subliminar no nome, céu onde está o firmamento, onde para os católicos fica Deus. Céu que é azul, a mesma cor de uma piscina olímpica.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Como se afastar do vício chamado Internet?




É tão bom usar o computador sem ninguém por perto e sem ter nada marcado para o dia seguinte. Ficar conectado é ótimo, mas pra tudo existe um limite. Você já deve ter reparado como é cansativo ficar ligado ao mundo virtual. Tem gente que não percebe o vício e fica o dia inteirinho na frente do computador. Só depois de se desconectar, literalmente, a pessoa começa a se dar conta dos efeitos da máquina em seu corpo.

A facilidade na comunicação, os diversos sites e a inclusão digital oferecem que cada vez mais crianças, jovens e adultos passem mais tempo na frente do computador, ligados na internet. Seja por uma obrigação profissional ou apenas um bate papo descontraído com os amigos em um chat, msn ou site de relacionamentos.

Alguns especialistas defendem que vício em internet é doença. São quatro os componentes principais do problema: Uso excessivo, freqüentemente associado à perda da noção do tempo ou negligência de impulsos básicos; sentimentos de irritação, tensão ou depressão caso o computador esteja inacessível; necessidade de computadores melhores, mais software ou mais horas de uso; e reações negativas como brigas, isolamento social e fadiga ligados ao uso do computador.

No Brasil a internet é a segunda maior mídia mais abrangente do país, só perde para a TV, e é aqui também onde a população passa mais tempo conectado no mundo, em média 23h e 51min, quase um dia inteiro.

Há campanhas nos Estados Unidos pelo “Dia Off-line”, ao menos um dia no mês viciados compulsivos e assumidos em internet dão um jeito de se manter longe da rede. Aqui esse assunto é muito pouco falado, mas na real mesmo temos que ter o bom senso de não nos alienarmos a este meio de comunicação e saber que além do mundo virtual existe uma vida de verdade, além da tela do computador.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Como explicar o inexplicável?


Poderia ser um final de domingo qualquer, como todos os outros são. Poderia ser um início de semana qualquer, como todos os inícios de semana são. Mas não foi! E dessa vez aquilo que poderia ter explicação não teve. Faltam palavras, os sentimentos se confundem e o cérebro não consegue achar uma maneira lógica de explicar o inexplicável.

Os telefones começaram a tocar, a notícia foi chegando e as exclamações de “Isso não é verdade!”, “Tá falando sério?” e “Meu Deus!” foram pronunciadas repetidas vezes até a ‘ficha cair’ e todo mundo entender do que realmente se tratava.

Quem comia largava os talheres em cima do prato e num leve ato, jogando o corpo para trás, parava e pensava no que acabava de ouvir. Quem assistia ao futebol, não acreditava na mesma informação, e num ato desesperado, correu até o carro e se deslocou quilômetro por quilômetro para ver se era verdade. Quem estava de pé, sentou-se. Quem ria de uma piada qualquer junto dos amigos, instantaneamente mudava o semblante. Quem esperava o filho em casa, recebe a mesma ligação, enche os olhos d’água, desliga o telefone, olha pausadamente para o relógio e ali vê o tempo não mais passar.

Talvez tenha sido um minuto de descuido, uma fração de segundo de bobeira, talvez a velocidade acima do permitido. Talvez... Talvez... Talvez... Após aquela primeira ligação, nada mais que venha a ser dito, nada mais que seja periciado, nada que possa ser investigado, absolutamente nada cairá na crença de todos como justificativa.

Maicon, Bruno e Douglas, três jovens, com anseios de jovens, buscando belos momentos de lazer entre amigos em um domingo de sol, como em muitos outros domingos. Porém neste, ao retornarem para casa, infelizmente chocaram duas comunidades do âmbito de convivência familiar e pessoal.

Um fatídico dia que fará todos repensarem sobre muitas coisas, principalmente quão importante é estar ao lado de quem se ama e valorizar cada minuto com esta pessoa.
Este dia não mais será esquecido para quem ouviu o telefone tocar, viu o tempo parar, e deixou a lágrima rolar.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Ser repórter é estado de espírito. Ser jornalista é profissão

Esse pensamento martela a cabeça de muita gente. Na verdade devemos refletir sobre os caminhos dessa profissão que, como muitas, vão do céu ao inferno em poucos segundos. É comum pessoas invejarem jornalistas por sua proximidade com artistas e poderosos de toda sorte, porém as mesmas pessoas são capazes de lhes jogar pedras por desnudarem a vida de famosos e outros nem tanto, as chamadas celebridades instantâneas. Esse é apenas um filão do jornalismo, responsável por picos de vendas de revistas ilustradas ou o ibope de programas sensacionalistas de rádio e TV.
O jornalista pode ter múltiplas funções – editor, redator, diagramador –, que vão ganhando novos nomes ou sendo substituídas na medida em que a tecnologia avança.
O repórter é antes de tudo um cara curioso, até chato. Detalhista, insistente, pentelho mesmo. Não pode desistir diante de um rosto fechado, um segurança carrancudo, um telefone que insiste em dar sinal de ocupado. Precisa ser persuasivo, obstinado, apaixonado. Pronto! Chegamos ao ponto crucial: impossível ser repórter sem gostar do que faz, sem ter vontade de fuçar aquele assunto mais e mais, de checar uma informação nova, buscar o contraponto, atiçar a polêmica.
Repórter que é repórter não teme passar do horário, não rejeita pauta. Parece que isso faz parte de um passado. Lamentavelmente professores afirmam não sintir nos alunos de Jornalismo de hoje a paixão pela reportagem, a maioria está mais preocupada em sobreviver e tem como sonho de consumo um bom emprego numa assessoria de imprensa.
A assessoria de imprensa começou a se disseminar no Brasil na época da ditadura. Era coisa de jornalista velho e/ou acomodado, gente que tinha medo de ir para a rua e cobrir passeata de estudante, de ver o pau comendo. Com o tempo, o papel do assessor mudou. Hoje, muitos deles auxiliam o repórter a encontrar as melhores fontes, sugerem pautas interessantes e, muitas vezes, nos poupam tempo, o que é muito útil para quem tem várias matérias para fazer.
Diante disso, onde fica a paixão, o tesão de reportar, contar o que viu, o que sentiu, botar vida na matéria? Que coisa mais fora de moda... Hoje em dia procura-se ir o mínimo possível para a rua, isso toma tempo, gasta dinheiro da empresa. Para que existe telefone, internet? Ctrl+c, ctrl+v.
As pessoas estão deixando de ler jornal, reclamam. As pessoas não têm tempo, nem saco para ler, sobretudo matérias longas. Ok, você venceu. Mas quem vai descrever, narrar a vida cotidiana para os que vierem depois? Os escritores? Os colunistas? Os blogueiros? Talvez seja isso mesmo e esteja em curso uma revolução na comunicação de massa da qual ainda não nos demos conta.
O verdadeiro repórter não está nos bancos das escolas de comunicação. Na faculdade obtém-se apenas mais um diploma, que vai garantir melhores salários quando se conseguir passar num bom concurso público. O repórter de boa cepa está em seu apartamento filmando armações de traficantes.
Ser jornalista é uma profissão nobre ou não, como qualquer outra, dependendo do uso que se faz dela, da ética de cada um. Ser repórter é estado de espírito, é pedreira, é escolher o caminho mais difícil pelo simples prazer da aventura. Que o diga o finado Tim Lopes, um dos repórteres mais valentes da geração dos anos 70.

Autor Desconhecido
Homenagem do Grupo Sobral ao Dia do Repórter (Fevereiro 2007)

Resposta aos Brasileiros

Não foi uma, nem duas, nem três vezes, que você se indignou com as notícias, de corrupção, lavagem de dinheiro, desvio de verbas e etc. Assim como não uma, nem duas, nem três vezes que você se emocionou com as notícias de mortes de jovens por balas perdidas, criança arrastada até a morte por bandidos, jovens com armas nas mãos, ou traficando em favelas.
A cada eleição ouvimos baboseiras e promessas de que o Brasil vai mudar, que a violência vai acabar, que tudo tem uma solução. Certo que muito está sendo feito, mas não é 5% do total do que se há para fazer. Procuramos respostas, cada vez mais difíceis para situações cada vez mais comuns, explicações para coisas cada vez mais inexplicáveis, e procuramos esperança em algo que nunca desistimos de crer, um país justo e digno para todos.
Um país tão grande é difícil mesmo de ser administrado. Mas mais difícil ainda é aceitar que possuímos a maior taxa de juros do mundo. É difícil saber que no Iraque, em plena Guerra, morrem 40 pessoas por dia, e no Brasil, fora os casos de saúde e acidentes de trânsito morrem mais de 80 brasileiros por dia, vítimas de homicídio, balas perdidas, assaltos e por ai vai. É difícil saber que um político corrupto é reeleito. É difícil saber que ministros, desembargadores, advogados, homens responsáveis pela justiça estão sendo subordinados no Rio de Janeiro para dizer Amém, a lavagem de dinheiro.
Você sabe por que deputados votam aumentos salariais, com porcentagens inexplicáveis, ultrapassando cifras de 40 salários mínimos? E você sabe por que professores responsáveis pela educação, responsáveis pela formação ética, social e moral de um futuro homem recebem de um a quatro, cinco salários mínimos?
Simples a educação no Brasil, é desvalorizada, agora que o país está acordando e vendo que somente investindo na educação é que se soluciona a maioria dos problemas do país. O sistema brasileiro está baseado na educação. Quem tem estudo tem melhores oportunidades de emprego, quem tem emprego tem dinheiro para sustentar a família, tem uma moradia, quem tem uma família unida tem melhor qualidade vida.
Quem tem a cabeça ocupada com o estudo, ou qualquer outra atividade, não se marginaliza. O crime até poder ser organizado, mas se a política fosse organizada, e feita em favorecimento daqueles que mais precisam, o Brasil hoje poderia ser outro.
Essa é a resposta brasileiros e brasileiras para que um dia vejamos um Brasil desenvolvido de verdade, justo, sem desigualdade, com oportunidades para todos, com ética e moral. Lembre-se sempre a educação é o princípio de tudo!

Coluna Joel Maraschin 2007

Um país de idéias erradas

Foi-se o tempo em que você ia ao mercado pela manhã e encontrava produtos por um preço e no mesmo horário no dia seguinte, estava exorbitantemente acima do que você tinha comprado antes, tudo devido à inflação.
Sob uma nova moeda o Brasil viu este fantasma esquecido, estagnado. E com uma sucessiva política de acertos o país voltou a crescer, e se tornar uma nação emergente. Hoje estamos entre as 15 maiores economias do mundo, somos o 5º país em território e temos a 3ª maior cidade do mundo São Paulo.
No cenário atual, nossa moeda está cada vez mais sendo valorizada sobre o Dólar, um fator prejudicial aos exportadores, mas de extrema importância para os importadores, a tecnologia se torna mais barata e uma variedade de coisas que antes era impossível para muita gente agora é real.
Segundo pesquisas recentes diminuiu-se o número de pessoas que vivem a baixo da linha da pobreza em menos de 10 anos. Cada vez mais os índices econômicos mostram dia-a-dia que o país está em imponente ascensão.
Mas ainda temos a corrupção que apodrece nossa democracia, temos o tráfico que a polícia não consegue controlar e temos agora mais do que nunca a falta de investimento na estrutura principal para o desenvolvimento do país... Os transportes.
São erros e mais erros ao longo de anos, antes o transporte fluvial era a principal maneira dos colonizadores irem desbravarem fronteiras e fundarem diversas cidades no interior do território brasileiro. Abandonou-se este meio para se investir uma barbaridade na malha ferroviária pelos idos do século XIX e até a metade XX, não só para transportar pessoas os trens eram responsáveis pelo escoamento da produção agrícola e industrial do Brasil, onde também foi deixado de lado para as rodovias serem a bola da vez.
Como é de se imaginar, a falta de manutenção levou a União a conceder trechos a concessionárias para poder dar maiores cuidados ao que hoje ainda é o meio de transporte mais usado para passageiros e para o escoamento da produção. O que restou das rodovias pertencentes ao domínio público estão num verdadeiro fiasco.
Em um mundo globalizado a atração do momento tornou-se então os aeroportos, afinal Nova York não fica logo ali, Pequim também não... E adivinhe o que está acontecendo agora... Uma crise aérea!!!
Ninguém mais vai de navio de Porto Alegre a São Paulo, ou de trem de Uruguaiana a Chapecó, quem vai se arriscar a ir de carro de Butiá para Curitiba, com o preço da gasolina e as más condições da estrada, asfalto, sinalização, sem falar no horror dos preços dos pedágios. Simples vamos de avião!!!
Íamos seria o tempo verbal correto de se usar. Pois, depois de dois acidentes aéreos em menos de 10 meses com mais de 350 vítimas no total, controladores de vôo cansados, estressados, de greve, falhas nos Cindactas, pistas de pouso que não dão sustentabilidade as aeronaves, Overbookink’s (passagens vendidas a mais do que os lugares dos aviões)... Uma bagunça total, quem viaja de avião é por extrema necessidade ou está dando muita “sorte” para o azar.
Fraudes estão sendo investigadas na Infraero, até mesmo desvio de verbas de aeroportos para o MST, a Revista Veja já investigou e publicou. E quem paga por isso? 350 mortos?
A Empresa Aracruz celulose já anunciou até 2011, que todo seu transporte de madeiras será feito por hidrovias, quatro novos portos serão construídos no RS apenas para isso. Agora o que está acontecendo? Será que estamos retrocedendo?
Se estamos mesmo “rebobinando” a gente não sabe, mas se daqui há alguns anos você estiver indo para São Paulo de navio ou de trem, apenas por não achar seguro outros meios de transporte, não se espante... Do jeito que o Brasil anda, não podemos duvidar. Pois aqueles carrinhos voadores que estamos acostumados a ver nos filmes de ficção, não veremos tão cedo.

Editorial Jornal Sobral 2007

A ESPERA DE UM MILAGRE

Essa história é antiga, bem antiga, dos tempos do seu avô pra ser bem sincero. É uma história que chega a ser cansativa de tantos capítulos que tem, são idas e vindas, infinitas. Esse ano sai, não, para o próximo, não de novo, no próximo quem sabe? E ai se vão 15 anos. Alguém sabe do que estamos falando? Chutem!
Para quem respondeu Jacuí I está de parabéns, acertou em cheio a maior incógnita gaúcha das últimas décadas. Milhões de Reais investidos, e até agora nada. O que há de errado alguém sabe explicar? Por que em todo ano que antecede uma eleição, as especulações voltam? Empresas assumem a obra, criam novas expectativas na região, deixam o povo que já é carente de empregos e desenvolvimento por natureza, esperançoso.
Céticos nem acreditam no que ouvem, devido a tantas promessas milagrosas em tantos anos, pois a obra está lá abandonada, mas certos são eles, que não sofrem de um mal chamado politicagem, do verbo enganar, iludir.
Nesta semana foi anunciada a retomada da construção da Fase C da Usina Presidente Médice em Candiota, a Candiota III, como era conhecida desde a década de 80 quando o projeto foi concebido, na mesma época em que foi lançado o projeto da Jacuí I. Em março de 2005 os destaques nos noticiários de toda região e até no estado diziam o seguinte: "As obras da usina termelétrica Jacuí I, em Charqueadas, já têm data marcada pra começar: até o final de junho deste ano (2005). A Região comemora a criação de 3 mil empregos diretos na construção do empreendimento, além de outros 600 permanentes, na operação da usina. O investimento total será de US$ 500 milhões para uma capacidade instalada de 350 Megawatts (MW), com geração de energia programada para 1º de janeiro de 2009.
Respondam caros leitores se não lhes dá um pouquinho de raiva em seus corações ler um “troço” desses. Completando esta indignação, nesta quarta-feira, dia 7, foi divulgada a primeira parcial das empresas habilitadas para o próximo Leilão de Energia Nova, que define os rumos da matriz energética brasileira, ou seja, como serão gerados os próximos Megawatts que abastecerão nossas cidades. Adivinhe? A Jacuí I não está neste leilão, aliás, ninguém sabe como ela conseguiu entrar no leilão passado, pois o prazo já havia vencido, somado a diversos outros problemas até a entrega dos papéis no Ministério de Minas Energia. Tantos empecilhos que só aquele termo citado algumas linhas acima pode explicar: “POLITICAGEM”.
Mas no fim da história a Jacuí I não sai do papel nunca, por causa de um “problema ambiental”, digamos assim. A FEPAM, órgão que licencia, controla, aplica as leis e supervisiona questões de impacto ambiental dentro estado, até hoje, ao que dizem, não liberou a instalação da Jacuí I, por algum risco ambiental que ela pode causar a longo-prazo para nossa região, que já possui outras duas usinas Termelétricas. Apesar de o fato ser este, encontramos na internet um documento que seria a Licença Ambiental com data de 21/12/2001 em nome da então GERASUL, que era responsável pela usina.
Se em 15 anos o problema maior foi a questão ambiental, o que podemos esperar daqui para frente desta usina, se o que só se fala agora é em redução de emissão de gases tóxicos, aquecimento global, efeito estufa, fontes de energias renováveis e não poluidoras? Tirem o cavalinho da chuva os esperançosos de plantão, pois mais do que nunca este setor esteve tão ameaçado, e se os reais motivos para a construção da usina não eram esses, agora mais do que nunca há um prato cheio de desculpas para que ela realmente não venha a funcionar.
A nós, que somos eternos dependentes do carvão e herdeiros viciados desta visão obsoleta de desenvolvimento, só resta ficarmos A Esperar Um Milagre, para quem sabe um dia vermos esta tão sonhada usina, funcionando.

Mais um na multidão


O Natal estava chegando, e ainda faltavam alguns presentes para minha lista, devido a variedade e o baixo preço, resolvi compra o que faltava no centro de Porto Alegre. Mal sabia eu do que me esperava. 14h e 10 minutos eu estava saindo da passarela no sentido centro quando de repente levei um chute nas pernas, ao olhar para trás, não vi nada, pois era muita gente indo e vindo, quando voltei meu olhar para frente só senti aquele esbarrão e a voz dizendo “Passa a grana magrão... passa a grana!!!”, tentei ir para trás e recebei mais um esbarrão de outro cara, dei uma rápida olhada na volta e me dei por conta, era um assalto, eu era apenas mais um na multidão, e estava sendo assaltado.

Por anos fui a Porto Alegre sozinho e nunca imaginei que aconteceria comigo, aliás, agente sempre pensa que com agente não vai acontecer, e o pior que um dia acontece, porque não estamos livres de nada.

Ao ser abordado minha primeira resposta foi “Não tenho nada cara”, ele mais esperto e mais preparado que eu, sacou o revólver encostou nas minhas costas e disse “Eu sei que tu tem magrão, passa a grana duma veiz”, apenas com R$ 5 reais no bolso, troco da passagem entreguei pra ele, na hora me respondeu “Quero mais, quero mais”, e começou a revistar meus bolsos até achar a carteira, pedi encarecidamente para que não levasse meus documentos, a gana dele era tanta por dinheiro que me olhou e disse “Não quero documento eu quero é grana, passa, passa, passa”, assim ele abriu minha carteira e achou R$ 20 reais lá.

Não bastando isso diz “Cadê o celular mano, passa o celular”, eu na hora respondi “Não tenho celular” ele engatilhou o revolver e me respondeu “Eu sei q tu tem cara me passa duma veiz”, seu amigo que estava atrás de mim me dizia toda hora “Passa pra ele maluco se não te dou um soco e tu morre aqui mesmo”. Quando o vi engatilhando a arama, me passou de forma rápida um filme da minha vida em minha cabeça, ao mesmo tempo em que tirava o celular do bolso e entregava pra ele, de uma forma que me dava raiva, ele por sua vez pegou o celular analisando e desmontando as peças e entregando para o seu amigo.

Ainda com a arma nas minhas costas ele disse ”Entra naquele ônibus ali se não tu já sabe o que te acontece” dei um passo a frente e ele retrucou “Nesse não, no ônibus de trás”, com a graça de Deus era a lotação que passa próximo a fábrica da minha namorada, cheguei lê uns 15 minutos após o assalto, um tanto que assustado.
Foram os 30 ou 40 segundos que mais demoraram para passar na minha vida, e os mais apavorantes. A hora era inadequada, o fluxo de gente também era anormal, fugindo dos padrões de assaltos que lemos em jornais ou vemos na tv em ruas com pouca gente, cedo da manhã ou quase anoitecendo.

Sei que lá estava eu, mais um no meio da multidão, mais uma vítima da violência urbana. Se pudesse fazer apenas um singelo pedido aos futuros governantes deste estado e do país, seria para que fosse investido mais em segurança e em educação. É somente investindo em segurança que se bane a violência e se pune os homens de hoje, e só com investimento em educação, é que não será necessário punir os homens de amanhã.

Coluna de Joel Maraschin, Dezembro 2006

Vende-se! Você pode comprar?

Vende-se um veículo, não é muito novo, nem um 2.0 de série, com freios a disco nas quatro rodas, ar condicionado, quatro portas e rodas de liga leve. Vende-se um veículo conhecido de muitos butiaenses, que já roda a 27 anos de cidade em cidade da região, e até mesmo de fora da região.
Não é um carro de som, mas através deste veículo muitos ouvem o que passa pela cidade, não é um panfletinho, mas muitos ali lêem as noticias de nossa região. É um veículo diferente, um veículo que tem tradição e prestígio na comunidade, diariamente o povo usa ele para reclamar, agradecer, homenagear, se informar e até mesmo namorar.
Para muitos a decisão parece ser precipitada, mas não queiram dirigir este veículo para saber exatamente o que se passa por trás de cada palavra escrita ou dita, e as pressões que se sofre no dia-a-dia.
É impossível agradar gregos e troianos... o ditado já diz, mas não podemos ficar calados por aquilo que nem sempre está certo. Erramos, erramos sim, mas quem não erra, a perfeição é uma busca que até hoje ninguém alcançou. Certa vez um professor me disse, “você pode fazer tudo perfeito na vida toda, ser considerado o certinho pelos amigos mas com apenas um erro sua imagem mudará e esse é o maior erro do ser humano”. Sabias palavras deste professor mostram quão ingrato este “poder” está a agir. Nunca um apoio foi negado aos “poderosos”, estivemos sempre a disposição dando uma caroninha em nosso veículo e de repente tomamos uma facada pelas costas.
Desse jeito nenhum motorista agüenta dirigir por muito tempo, em uma estrada esburacada em que os carros andam em contra mão querendo bater em você e te destruir a todo pano.
Bom... como este veículo não está mais satisfazendo mais os serviços de alguns que gostavam de pegar uma caroninha colocamos à venda.
O preço do veiculo é bom, o ano é 79, mas em 2003 ganhou novo fôlego, o motor a pouco foi reformado, por dentro do veículo é um luxo, os equipamentos foram trocados também a pouco. Procure por toda a região e você não vai encontrar igual. Estamos à venda, você pode compra...

Editorial do Jornal Sobral 2005

A Dor do Adeus


A vida sempre foi um mistério para toda a humanidade. De onde viemos? Para onde vamos? Perguntas como essas não se calam, mas a eternidade, essa sim, nos intriga de verdade. Saber que aquele tchau que você deu a uma pessoa é o último, que você nunca mais tornará a ver aquela pessoa, é desesperador.


Professor Victor Hugo como o chamávamos foi o idealizador da volta deste semanário, o precursor da luta pela noticia de qualidade e de modo íntegro, já havia lutado por uma cidade melhor, e desta vez queria que a população soubesse por inteira de tudo que estava acontecendo no município e ajudassem a melhorar cada vez mais está tão querida cidade, a qual ele adorava tanto.


Aprendemos muito com ele, eu particularmente muito mais, pois com seu jeito calmo, sabia aproveitar de um momento para dar uma lição de vida. É assim era em todos os momentos, a cada reportagem que íamos fazer, era um aprendizado pessoal e intelectual meu.


A cada piada, a cada momento sério o professor tentava em tudo ser e fazer o melhor, para ele não existia trabalhos arrematados ou era bem feito, ou então nem se fazia. Idealizou o programa “Café das Quatro” voltado para a “gurizada” como ele mesmo dizia, sempre que ele participava se divertia, e fazia com que o ouvinte e nós que ali estávamos se divertissem. Quanto


Um grande homem ele foi, o silêncio imperava seu coração quando ficava brabo e o sorriso de uma forma tão natural nos contagiava nos momentos de felicidade.


Mas Deus, com toda sua sabedoria, sabe o que destina e planeja para todos os seres e infelizmente o momento dele era esse, talvez cansado de sofrer e lutar por mais um dia de vida. A ti meu grande amigo e colega, onde muitas vezes conversava, idealizava projetos e desabafava coisas tão importantes, espero que tu não desistas da tua luta por um mundo justo e melhor, ao lado do “Patrão Velho”.


Sempre que olhamos para o céu, vemos estrelas que brilham e cometas que passam. Com certeza a presença do Professor Victor Hugo ficará marcada em nossas vidas como uma estrela, que sempre estará lá em cima brilhando e guiando a todos nós. Amigo a dor do adeus é horrível, mas a felicidade do reencontro supera qualquer outro sentimento.


Editorial Jornal Sobral 2005