segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Menos um



Um boné voando no ar. Um zunido no ouvido do policial. Um estampido curto, 1seg de duração, não maior que um piscar de olhos, seguido de um corpo caído no chão. Assim se encerrou um drama carioca na última sexta-feira, com um tiro certeiro de um atirador de elite do Batalhão de Operações Especiais – Bope. O Brasil se livrou de mais um criminoso, louco, drogado e perigoso. Muito perigoso.

O tempo de raciocínio do atirador era contado em milésimos, a mira era milimétrica, sem contar a respiração controlada, a precisão no tato, muita frieza e um preparo psicológico inigualável.

Um descuido do sequestrador, o desespero da vítima, e as negociações irremediáveis fizeram do sniper (como é chamado o atirador) aferir seu fuzil e disparar uma bala que viaja 800m por segundo.

Como se posiciona em lugares altos, o atirador tem condições de colher informações sobre o inimigo durante os longos períodos da negociação. Só ao final de todas as tentativas, quando o comandante envia sinal, é que o franco atirador entra em ação.
A decisão de puxar o gatilho durante uma ação policial com refém é o último e mais arriscado recurso. Seu erro é fatal.

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