terça-feira, 13 de outubro de 2009

Indubitável

Errou aquele que teve uma falsa premonição do seu fim. Triste está nesse momento aquele que torceu pela sua desgraça. Mas como não se enlutar quando os valores estão inversos, quando é tentado nos vendar os olhos para aquilo que todos sabem que está errado, porém tapam o sol com a peneira.

Depois de toda tempestade, fria, escura e devastadora sempre vem a calmaria e a luz, essa que é tão indispensável no dia a dia e nos revitaliza cada manhã, como um sinal de recomeço e clareza.

Não importa se quem tem o poder, deu falso testemunho e nos virou as costas. Não importa se o processo não está claro e até quem sabe irregular. Não importa se hoje somos minoria. Não importa! Nada importa quando você se tornou um grão de areia, fronte a um oceano de interesses.

Ora optávamos pela imparcialidade, sem renegarmos que nos acolhia, mas agora como negar a “bala na agulha” do outro lado quando seus vínculos estão em níveis escalonados dentro da colméia.

A arrogância, a soberba e o popular salto alto foi uma lição desestabilizadora, abriu os olhos e mostrou que nem tudo é como se pensa que é. Ninguém mais anda com as próprias pernas, alguém sempre resolve para alguém seja qual for a enigmática e suas variáveis.

Só que ainda assim o coração não para de bater um só instante, o pensamento não descansa um segundo e o remorso também. Feliz daquele que consegue escrever sua história sem os contra tempos daquilo que já foi escrito, superando-os como se nada acontecesse.

Já que assim foi decidido, agora é a hora de mostrar mesmo se a força ainda vive dentro de cada um, escondida, hibernada, ou fervorosa. Pequena ou grande ela não pode se apagar e não pode abandonar aquele o utópico projeto exemplar, seguido Ágora à fora.

A brincadeira sadia, às vezes assusta quando ultrapassa o campo da razão, mas também como culpar os arrazionados. Calma! A retórica e a interpretação nem sempre condizem com o real sentido de uma análise às escuras.

De todo texto louco, a sanidade prevalece como num círculo de giz: infinito, porém de giz. O próprio Brecht questiona: “Como é possível ser bom em um mundo mau?”.
Você já escolheu o seu lado? E as suas armas? Eu já escolhi.

Olha como ontem mudou! Hão de aprender caminhando...

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