sexta-feira, 13 de março de 2009

Guerra Pela Vida!


O Rio Grande do Sul pede socorro! O estado está sofrendo de uma epidemia degenerativa, que mata dia-a-dia, de maneira vagarosa e sofrida as entranhas da sociedade gaúcha. Não é uma doença, um vírus, não é o trânsito, nem a cultura, muito menos o tradicionalismo.

A dor vem de famílias que estão sofrendo, pois estão perdendo seus filhos, irmãos e até pais para o mau do século... As Drogas!

O consumo de cocaína e crack alcançaram nos últimos meses números recordes. Especificamente o crack, que possui hoje 55 mil dependentes em todo estado. Quanto à cocaína o número triplica, já que a maioria dos usuários não assume o vício, e não procura os órgãos públicos de saúde para tratamento. E a partir do vício em cocaína que surgem os novos usuários do crack.

Tudo sempre começa com um “amigo”, um conhecido. “Ah não da nada! Vamos experimentar só pra ver qual é a boa!”, a partir daí pode ter certeza você está numa estrada reta, sem fim, e a única curva que poderá encontrar é a da morte.

Uhuuuullll vamos curtir esse barato... Um “barato” que sai caro, pois a partir da primeira experiência assine seu contrato de fraqueza e dependência química.
O crack consegue ser a droga mais degenerativa da atualidade, mesmo com a chegada da “merla” que ainda não caiu no “gosto” popular. Após o segundo contato com ele, você já se tornou um viciado. De acordo com relatos de usuários, a sensação provocada pelo seu uso dura algo em torno de dez míseros segundos, misturando sensações de euforia, poder e aumento da auto-estima.

A droga também causa destruição de neurônios e provoca no dependente a degeneração dos músculos do corpo, o que dá aquela aparência esquelética ao indivíduo: ossos da face salientes, braços e pernas ficam finos e costelas aparentes.

O problema se agrava mais quando na falta de dinheiro para comprar a droga, o viciado começa a cometer pequenos crimes, iniciando em casa, passando para a rua. E tudo isso já fugiu dos grandes centros, está espalhado pelo interior e Butiá também sofre com esta peste.

Roubos simples de lâmpadas, botijões de gás, bicicletas, cadeiras, coisas de fácil acesso que ficam no pátio. Passando para roubo a residências, de onde levam aparelhos de som, DVDs, televisões. Chegando ao ponto máximo onde até carros já estão sendo roubados em Butiá para com materiais de seu interior ser trocado por pedras de crack.

Por isso era tão comum ver mães desesperadas acorrentarem seus filhos, trancarem em quartos escuros, para só assim, não correrem o risco de “caírem em tentação”. Isso estava longe da gente e agora já e a realidade.

No jornal Correio do Povo, da última segunda-feira, há um caso relatado de um butiaense que mora na capital e luta pelo tratamento. Este que é a última instância na busca pela salvação e tortura ainda mais pela falta de leitos, falta de locais públicos especializados, e a dor pela falta de dinheiro quando a opção é uma clínica particular.

A Guerra pela vida tem cada vez mais soldados voluntários, aguerridos que lutam para dar uma nova chance de viver aos viciados, pois estão perdendo a batalha diária para traficantes que vão enriquecendo em cima de tragédias familiares.

Não há uma solução a curto prazo! O governo culpa os municípios, os municípios culpam o governo, ninguém quer ser o responsável por essa disseminação contagiosa que fugiu do controle das autoridades e parece ter seu fim além da linha do horizonte.

2 comentários:

Anônimo disse...

O Brasil tem uma extensão muito grande de fronteira, o que a torna bastante vulnerável.
Protegê-la com a ajuda do exército e fiscalizar os portos seria interessante para o combate das drogas.

Anônimo disse...

Acho que o Chavez leu meu comentário:
"O presidente HUGO CHAVEZ ordenou, ONTEM, que as Forças Armadas da Venezuela tomem os portos do país. Segundo o presidente venezuelano, a decisão foi tomada para reaver o controle dos transportes, que estavam nas mãos de máfias do contrabando e do narcotráfico."