sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Fraude Eleitoral

A Polícia Federal do Maranhão descobriu uma fraude nas Urnas Eletrônicas de um município do referido Estado. O fato se deu por manipulação dos votos, ou seja, votava-se pra um candidato e o voto ia pra outro.

A Rede Bandeirantes, emissora de TV que apresentou a reportagem no "Jornal da Band" desta segunda-feira, dia 24, entrevistou especialistas em computação, os quais, disseram que a Urna Eletrônica não oferece segurança nenhuma, ou seja, podem-se manipular os votos tranquilamente, mesmo que a foto de um candidato apareça, o voto pode ir pra outro.

As histórias de fraude envolvendo a urna eletrônica costumam vir assim, de acordo com o TSE: gente ignorante, não soube votar. Ou, então, candidatos que reclamam por terem perdido a eleição. Os laudos técnicos apontam irregularidades gritantes mas no fim, os processos se perdem, são esquecidos.

Há falhas de segurança nas urnas eletrônicas brasileiras faz uns bons seis anos. A primeira reportagem, publicada, veio por conta do relatório de uma auditoria técnica que um político, hoje ministro de Estado, divulgou. Tratavam-se das irregularidades na eleição para governador do Distrito Federal de 2002. Entre os técnicos que assinavam o relatório reconhecendo as ‘falhas’ estavam alguns dos pais da urna eletrônica.

Quem entende de tecnologia sempre se assusta com a mitologia imposta pelo TSE a respeito da infalibilidade das urnas. No Brasil, sempre houve fraude eleitoral. O que as urnas eletrônicas produziram não foi o fim das fraudes. Foi o fim da investigação das fraudes.

Se NASA e Pentágono já tiveram seus sistemas, que são os mais seguros do mundo, violados, por que a Urna Eletrônica não seria vulnerável?

O responsável do TSE deixa claro de partida: no caso da pequena Caxias, no Maranhão, o tribunal sequer cogita a possibilidade de fraude. A única possibilidade com a qual trabalha é erro dos eleitores. Claro. São analfabetos. E a urna, inviolável.

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