sexta-feira, 10 de julho de 2009

O Último Show!


Todas as expectativas previam que a despedida pública de Michael Jackson seria um funeral transformado em show, porém o show foi transformado em funeral. O último show.

Neste show não havia fãs histéricas, efeitos pirotécnicos, danças enlouquecedoras, acusações de pedofilia, excentricidades e muito menos um “moonwalk”. Havia como sempre milhares de pessoas lotando um ginásio, dezenas de artistas e em vez do natural frenesi, um silêncio ensurdecedor que permaneceu até seu caixão entrar, empurrado por seus irmãos.

Junto com as palmas, o barulho que mais se ouvia era de choros e soluços. O mundo naquele momento parou para assistir e cortejo e se cobrir de luto. Um 7 de julho que jamais será esquecido. Estavam os cinco continentes do planeta comovidos, diante de um fenômeno global morto.

Famosos como Usher, Diana Ross, Mariah Carey, Brooke Shields, Magic Johnson, Kobe Bryant entre tantos outros falaram sobre suas relações de amizade com Michael, cantaram, homenagearam e como seres humanos que também são não fugiram às lágrimas.
E mesmo quem as segurou até o fim, não resistiu ao ouvir a pequena Paris de 11 anos, ainda chocada com o “boom” de informações que passava pela sua mente dizendo: “Ele era o melhor pai que se pode imaginar. Era o melhor pai do mundo”. Los Angeles entrou num choro profundo ao ver a declaração da criança.

Michael Jackson estabeleceu um novo padrão na música pop mundial. Junto com seus quatro irmãos resgataram o “rhythm and blues” esquecido nos guetos americanos, e que mais tarde serviria de influência para o “rock and roll”, incrementaram coreografias e começaram a liderar as paradas de sucesso.

O talento de “Jacko”, como também era chamado, era maior que o grupo, por isso em 1971, com apenas 13 anos, teve que deixar seus irmãos de lado e iniciar carreira solo. Momentos este que o colocaria brevemente como ícone no cenário da música mundial.
Ele mudou de cor, mudou o cabelo, se envolveu em escândalos, mas uma coisa ele não abria mão: que o tempo demorasse a passar. Na contramão queria viver 150 anos, sem nunca deixar de ser criança. O seu rancho “Neverland”, a Terra do Nunca, era seu esconderijo “mágico”, onde lá poderia se sentir assim.

Não poupou esforços quando o assunto era caridade, participou de campanhas humanitárias em diversos países e se tornou o maior artista a ajudar pessoas carentes no mundo inteiro.

O “Rei do Pop” era a celebridade mais conhecida do globo terrestre. Ninguém vendeu mais discos, ganhou mais dinheiro, ganhou mais prêmios e se manteve tanto tempo nas paradas de sucesso como ele. Um mito, um paradigma que tão sedo não será quebrado, mesmo após a parada cardíaca que o levou a morte, aos 50 anos, no triste 25 de junho.

Entre suas tantas excentricidades Michael Jackson se casou a primeira vez com Lisa Marie Presley, filha do eterno “Rei do Rock” Elvis Presley. Em uma conversa antes da separação Michael revelou a Lisa que havia tido um sonho em que ele morria, e sua morte seria repercutida da mesma forma da de seu pai, assim ele seria eternizado como “Rei do Pop”.

Fãs de teorias conspiratórias perguntam-se: Será que Michael Jackson realmente morreu? Isso não poderia ser uma estratégia midiática? Há discussões rolando na internet apontando que “Michael não morreu”.

Eu sinceramente acredito que teorias conspiratórias até são legais de estudo, mas quando envolvem instituições, governos, sociedades secretas, e não artistas, cantores, pessoas de vida pública.

Questões como a real causa da morte, o local de sepultamento, o destino da herança, as supostas dívidas e o futuro dos três órfãos, ainda são incógnitas que incrementam ainda mais o folclore que envolve o cara que será eternizado: pelo seu talento, pela sua arte, pelo seu estilo de dançar e pelas multidões que atraia e continuará atraindo.

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